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Em busca de solução

CATÁSTROFE NO RS: São Leopoldo quer concluir conserto do dique do Gauchinho nesta semana; saiba detalhes

Obras realizadas pela prefeitura leopoldense na manhã desta terça-feira adentraram 25 metros do Arroio Gauchinho

Débora Ertel
Publicado em: 14/05/2024 às 17h:14 Última atualização: 14/05/2024 às 20h:24
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Continua a operação de conserto emergencial no dique que protege a Vila Palmeira, no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, e a Vila Brás, no bairro Santos Dumont, em São Leopoldo. As obras, realizadas pela prefeitura leopoldense, tinham adentrado 25 metros do Arroio Gauchinho durante a manhã desta terça-feira (14), montando uma estrutura provisória de rachões, uma espécie de muro de pedras.

Obras emergenciais no dique na Vila Brás, no limite com Novo Hamurgo | abc+



Obras emergenciais no dique na Vila Brás, no limite com Novo Hamurgo

Foto: Divulgação/PMSL

A contenção se rompeu em 4 de maio, quando o nível do Rio dos Sinos chegou a 9,73 metros e abriu um buraco de aproximadamente 40 metros de extensão no lado que pertence a São Leopoldo. A expectativa da prefeitura de São Leopoldo é concluir a melhoria entre quinta (16) e sexta-feira (17) desta semana. Como a expectativa é que o rio pare de subir nas próximas horas, as equipes acreditam que não haverá interferência no desenvolvimento do serviço. 

Os caminhões que trazem as pedras usadas na contenção chegam até a região do dique pela Rua Manágua, no bairro Santo Afonso. 

Caminhões levam material de construção até o dique  | abc+



Caminhões levam material de construção até o dique

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Paralelo a isso, a Casa de Bombas do bairro Santo Afonso, que pertence a Novo Hamburgo, também sofreu danos e está fora de funcionamento desde 5 de maio, o que impede o fim da inundação nesta região, mesmo que o nível do Rio dos Sinos baixe. A casa conta com sete bombas, responsável por sugar a água do Gauchinho para o Sinos.

A reportagem questionou a Prefeitura de Novo Hamburgo se haverá novidades sobre o conserto da Casa de Bombas diante do avanço das obras do dique, mas até o momento não recebeu retorno. 

As obras emergenciais são acompanhadas pelo Ministério Público, que intermediou reunião entre as duas prefeituras

Reunião

Após parecer do Ministério Público (MP), que apontou que cada município responde pelas eventuais medidas adotadas e que possam representar danos ou riscos aos munícipes ou ao dique, ontem a prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, reuniu representantes de entidades de engenharia e arquitetura e empresariais para detalhar a situação do bairro Santo Afonso.

Baseada na análise feita pelos especialistas do Instituto Militar de Engenharia (IME), a prefeita externou a preocupação sobre a circulação de carga sobre o dique no perímetro de Novo Hamburgo.

Técnicos da Prefeitura apresentaram as medidas emergenciais necessárias para tirar as águas represadas no bairro, o que inclui a contratação de bombas flutuantes, geradores, combustíveis e tubos PEAD para transpor a água sobre o dique até o rio. Os custos para implantação da estrutura emergencial giram em torno de R$ 4 milhões, além de outros R$ 2 milhões mensais enquanto a operação estiver em andamento. Fátima lembrou que os cofres municipais não dispõem destes recursos necessários e enfatizou que já está em intensas tratativas e articulações junto ao governo federal em busca de investimentos para estas medidas emergenciais.

A isso ainda se somam os investimentos necessário para retomada da casa de bombas, com a retirada dos motores das bombas para secagem, além de reforma do sistema elétrico.

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