Casas, empresas, estradas e hospitais formam afetados pela enchente histórica que ainda assola o Rio Grande do Sul. Entretanto, o estado de calamidade pública ganha contornos mais severos para paciente de doenças crônicas, como a diabetes, que estão com dificuldade para ter acesso aos medicamentos.
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Para facilitar essa logística, o Instituto da Criança com Diabetes (ICD) de Porto Alegre está criando pontos de busca de insulina e insumos em pontos estratégicos do Estado. Um dele começa a operar nesta terça-feira (14) no Centro Integrado de Especialidades em Saúde – CIES Feevale.
“Vamos funcionar como uma central de apoio para pacientes que são atendidos pelo ICD e não conseguem se deslocar até a Capital, e para pacientes aqui de Novo Hamburgo que estão sem medicamentos”, explica a coordenadora do Cies, Paula Tonello.
A primeira remessa de insulina e insumos, que podem atender até 40 pacientes, chegou à sede do Cies (Rua Rubem Berta, 200 – Vila Nova) no final da tarde desta segunda-feira (13), através da parceria com o Grupo Escoteiro Inhanduí de Canoas que fez o traslado e distribuição do material.
“Os medicamentos chegaram hoje a Base Área de Canoas e por necessitar de refrigeração o transporte precisava ser rápido para não ocorrer nenhuma perda. Então nós preparamos rotas alternativas, caso houvesse algum imprevisto ou bloqueio pelo caminho”, disse o voluntário Rodrigo Gonzatti.
Além de Novo Hamburgo, o grupo entrou os medicamentos em São Leopoldo e Sapucaia do Sul. “Para nós é um privilégio saber que estamos ajudando a salvar vidas”, resumiu.
Remessa
O kit é composto por oito caixas de fita de álcool Swab 70% sachês (200un), para higienização, 20 canetas de insulina NPH, 12 de inulina Asparte e três de insulina glulisina, onze caixas de insulina regular de 10 ml, agulhas e cinco glicosímetros. Conforme a farmacêutica do Cies, Bruna Scherer Seibert, os dispositivos para medir a quantidade de glicose, por meio de um furinho no dedo, serão distribuídos nos abrigos para uso coletivo dos pacientes.
Atendimento
No Cies, adultos e crianças que convivem com a doença poderão retirar insulinas, seringas, e demais insumos. Quem necessite ajustar de doses de insulina, ou precisa de receitas médicas, será encaminhando para consulta no local.
“Sabemos que muitas pessoas não se lembram da dosagem, ou ainda perderam a receita no meio desta catástrofe, então eles serão encaminhados para consultas assim agilizando o acesso ao tratamento”, observa Pula, “mas vale lembrar que aquela receita mais antiga, também vale”, acrescenta.
Para agendar retirada de insumos e medicamentos, o Cies disponibilizou um número de WhatsApp: (51) 35869234.
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