O governo do Rio Grande do Sul deverá construir cidades provisórias para atender 65% da população que está em abrigos, vítimas das enchentes que atingem o Estado.
São Leopoldo, Canoas, Porto Alegre e Guaíba são os municípios que receberão as estruturas para abrigar cerca de 51 mil pessoas, das quase 77 mil que seguem fora de suas casas. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (16) pelo vice-governador Gabriel Souza em entrevista à Rádio Gaúcha.
O objetivo é acolher as pessoas nestes locais com toda a infraestrutura mínima necessária até que as políticas de habitação definitiva sejam executadas.
De acordo com Souza, devido à urgência da situação, é mais rápido contratar um serviço especializado neste tipo de trabalho, semelhante à montagem de estruturas para eventos, do que construir do zero. O processo de contratação para montagem das estruturas, que depois poderão ser desmontadas e remontadas em outros locais, será iniciado na próxima semana.
As habitações deverão conter dormitórios e banheiros com chuveiros individuais para famílias e, se necessário, coletivos, cozinhas e lavanderias comunitárias, além de espaços destinados para recreação de crianças como brinquedotecas, e também para os animais.
“A partir da semana que vem deve ocorrer a contratação e, logo em seguida, a montagem. Ainda não temos como anunciar uma data, pois ela depende de diferentes fornecedores. Outras informações serão divulgadas assim que as definições forem finalizadas pelo Estado em conjunto com as prefeituras e parceiros”, disse o vice-governador.
Onde serão construídas
Ainda não há uma definição sobre os locais das cidades provisórias, contudo o governo busca locais longe do risco de inundações e já conta com algumas indicações. Neste momento, estão sendo avaliadas áreas indicadas pelas prefeituras.
Em São Leopoldo está sendo indicado o Parque de Eventos; em Canoas, o Centro Olímpico Municipal (COM) é a alternativa, local visitado pelo vice-governador Gabriel Souza na terça-feira (14), ao lado do prefeito Jairo Jorge.
Já em Porto Alegre, as estruturas poderão ser montadas no Porto Seco, na Zona Norte. Por fim, em Guaíba, que abriga a população desabrigada de Eldorado do Sul, ainda não há indicativos.
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