A situação para os motoristas que precisam cruzar o Rio do Sinos, em São Leopoldo, não será nada fácil nos próximos dias, já que a principal ligação, pela BR-116, seguirá interditada até que o rio baixe e seja possível uma avaliação dos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre as condições das estruturas que foram atingidas pelas enchentes.
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As pontes foram interditadas na manhã desta sexta-feira (3 de maio) após vistoria do Dnit constatar “deslocamento dos apoios” das estruturas que já têm mais de 50 anos. Com isso, todo o trânsito da rodovia foi desviado da BR-116 entre o acesso à rodoviária em São Leopoldo no sentido capital-interior e na Scharlau no sentido interior-capital.
As alternativas durante o dia foram desvios por vias urbanas que acessam as pontes Henrique Roesseler (ao lado do Ginásio Municipal Celso Morbach) e Ingá (ao lado do trensurb). Mas esta segunda ponte, da Avenida Mauá, foi interditada às 20 horas desta noite de sexta-feira por questões de segurança.
À reportagem, o superintendente regional do Dnit, Hiratan Pinheiro da Silva, foi cauteloso e evitou afirmar categoricamente que as estruturas sobre o Rio dos Sinos na BR-116 correm risco de romper, como chegou a ser cogitado durante o dia. Mas admitiu que seria uma possibilidade caso a água do rio subisse mais e a correnteza ficasse mais forte. “Estamos monitorando, é uma ponte antiga”, ponderou.
Uso das pontes novas
O prefeito Ary Vanazzi, no final da tarde desta sexta-feira (3), em transmissão ao vivo (live) via Facebook na Rádio Prefeitura de São Leopoldo, diz que não foi informado oficialmente sobre o que teria ocorrido para que a interdição fosse feita na ponte. “Mas a informação que nós temos extraoficial é que ela se movimentou”.
Preocupado com a situação (que acaba congestionando o tráfego urbano leopoldense), Vanazzi diz que até chegou a consultar o Dnit sobre a possibilidade de uso das pontes novas, caso se confirmasse uma avaria mais séria na ponte da BR-116, que prolongasse a atual interdição das estruturas mais antigas.
As novas estruturas (que começaram a ser construídas em 2021) estão praticamente concluídas, faltando apenas os acessos. Segundo Vanazzi, o Dnit informou que há a possibilidade, mas que teria que preparar as entradas nas pontes novas, para, então, viabilizar o trânsito no local.
“Mas vamos aguardar amanhã (sábado), domingo e acredito que na segunda-feira vamos ver quantos dias a ponte da BR-116 vai ficar interditada. (…) Deve haver todo um estudo para liberação das pontes para dar tranquilidade ao transporte, pois são milhares de carros por dia”, destacou Vanazzi, lembrando que boa parte da economia do Estado, através do transporte de cargas e pessoas, passa por elas.
Em agosto do ano passado, devido a um problema em um dos muros de contenção sob a ponte do dique do Sinos, a BR-116 sofreu bloqueio parcial, tendo parte do trânsito desviado à estrutura do sentido interior-capital.
Vanazzi reforça que as novas estruturas, construídas ao lado das pontes interditadas, não estão comprometidas, pois são cerca de um metro mais altas que as pontes velhas. Ontem à tarde, o rio batia na altura das pontes antigas, construídas no final da década de 1950.
Interdição da Ponte 25 de Julho
Segundo o prefeito Vanazzi, também a Ponte 25 de Julho foi interditada por questão de segurança. A antiga e sesquicentenária ponte de ferro está bloqueada para veículos e também para pedestres. A Guarda Municipal está no local orientando o tráfego e os pedestres, já que é grande o número de pessoas que estava indo ao local ver a cheia do Rio dos Sinos.
Com o fechamento das pontes da 116 e 25 de Julho, e, agora à noite, da Avenida Mauá, somente a travessia da Ponte Roessler, pela Rua Doutor Hillebrand, está aberta em São Leopodo.
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