Durante a passagem por Três Coroas, quando se reuniu com prefeitos e empresários do Vale do Paranhana, o governador Eduardo Leite saiu com duas folhas de anotações com reivindicações e apontamentos. A reunião de trabalho tinha como finalidade debater ações governamentais de enfrentamento à catástrofe climática que devastou mais de 400 municípios gaúchos no mês passado. Entre as principais reivindicações está a efetivação de políticas públicas para salvar empregos e garantir renda à população.
Entretanto, em meio a um cenário de cobrança, uma cena quebrou o clima de tensão. Quando o encontro se encaminhava para o fim, o empresário Ogyen Shak, tibetano de nascimento, deu ao governador um lenço branco e uma escultura características da cultura tibetana. “É para trazer sorte e paz”, sintetizou Ogyen ao concluir a explanação sobre o simbolismo de cada um dos itens.
O governador Eduardo Leite reagiu em tom descontraído, mas carregado de verdade: “Sorte estou precisando. Aliás, distribui para todo mundo aqui”, afirmou, com o lenço já adornando seu pescoço.
Significados
Ogyen Shak explica cada uma das lembranças dadas ao governador. A Katag (lenço) é uma echarpe branca que os tibetanos costumam oferecer uns aos outros, e simboliza a paz. “Para que possamos cultivar a paz nesta jornada de superação”, explicou.
Já a Estupa (escultura) simboliza a mente iluminada pela sabedoria e pela bondade, “características do nosso governador”, pontua. “A mente iluminada tem muitas qualidades, entre elas a capacidade de reconhecer que a natureza da existência é permeada também pelo sofrimento, pelas perdas e pela impermanência de todas as coisas. Ela é capaz de aceitar e superar as adversidades com força, coragem e serenidade”, concluiu.