Cerca de 5 mil pessoas foram afetadas – direta ou indiretamente – pela maior cheia já registrada dos rios Cai e Sinos em Nova Santa Rita.
Mais de mil moradores precisaram deixar suas casas se alojarem em abrigos organizados pela Prefeitura. Nesta quarta-feira (8), enquanto centenas de voluntários atendiam a comunidade, a preocupação do Executivo era com o reestabelecimento da água e da energia na cidade.
Segundo o prefeito Rodrigo Battistella, cerca de 30% dos clientes estão sem energia. “Entendemos o tamanho da tragédia que acometeu nosso Estado, mas precisamos de agilidade por parte da empresa responsável”, salientou.
Battistella acrescentou que “muitas pessoas nos procuram relatando que os alimentos estão estragando, medicamentos, além daquelas pessoas que precisam da energia por questões de saúde. É muito delicado”.
O líder do Executivo informou que está em contato com os gestores da concessionária RGE que respondem pelo fornecimento no município. “Eles apenas nos falam que não tem o que fazer, porque nossa eletricidade vem de Canoas e lá está embaixo da água”.
Por outro lado, a Corsan Aegea reiniciou nesta quarta a captação de água e, aos poucos, o serviço é retomado. “Nós instalamos pontos de água potável em diversos bairros para que as pessoas tivessem acesso para minimizar a dor dessas pessoas atingidas. É muito difícil, nunca passamos por nada parecido em nosso município”.
Muitos bairros foram afetados, como o Porto da Figueira, Morretes, Vila Esperança, Berto Círio, Pedreira e Caju. “Temos mais de 100 voluntários que preparam refeições, organizam as doações e conversam com as famílias que, muitas vezes, só precisam de um abraço, de uma palavra amiga”, detalha o prefeito.
Força Nacional: mais segurança para o município
Segundo Battistella, nesta quarta-feira (8) a cidade recebeu uma equipe da Força Nacional, que se soma ao Exército, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros para reforçar a segurança da comunidade. “Só temos a agradecer ao governo federal pelo envio desses homens e mulheres. Nós recebemos oito agentes, isso representa cerca de 10% de todo o efetivo enviado para o RS”.
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