Os moradores do bairro Santo Afonso, fortemente afetados pela enchente, aguardam a instalação das bombas para drenar a água que ainda permanece quase até o telhado de diversas casas e comércios da região.
Foto: Giordanna Vallejos/GES-Especial
A previsão, segundo a Prefeitura de Novo Hamburgo, era de que uma bomba submersível de alta capacidade, emprestada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), chegaria na segunda-feira (20). Depois, a previsão de chegada estimada pelo município passou para terça-feira (21).
Ontem [terça-feira], a reportagem foi até a região da casa de bombas da cidade e constatou que não havia nenhuma bomba em Novo Hamburgo, apenas os canos. A maior movimentação no local, durante o período da tarde, era de caminhões com terra e equipes de São Leopoldo.
“Está vindo a bomba da Sabesp, está sendo locada uma da Higra e está vindo mais uma dos arrozeiros. Parece que uma dessas bombas chega hoje (ontem). O conserto da casa de bombas é só na hora que baixar a água. Até esse momento, não temos uma bomba em Novo Hamburgo, mas estamos nos preparando para receber”, disse Eleodoro Escandiel, engenheiro civil do município que estava no local.
Através da assessoria de imprensa, a Prefeitura hamburguense informou que o encarregado da Sabesp está em Nova Santa Rita para conferir e separar todas as peças da bomba virá de empréstimo. “O carregamento deve ocorrer nesta quarta-feira (22), para montagem em Novo Hamburgo.
Já a cooperação articulada entre os arrozeiros e o Município por meio da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado (Federarroz) está providenciando mais bombas. Segundo os arrozeiros, uma delas está partindo de Uruguaiana para Novo Hamburgo”, informou o município.
São Leopoldo avança
Nas imediações estava o empresário Marcelo Vargas, da empresa responsável pelas bombas de São Leopoldo: “Estamos com dois conjuntos de bombas, a previsão é que comecem a operar nesta terça-feira. Acredito que, no sábado, todo o pessoal de São Leopoldo poderá voltar para casa.”
Flaps ajudam a retirar água das ruas
A Prefeitura também informou que, mesmo submersa e com motores completamente alagados, a casa de bombas do bairro Santo Afonso está ajudando a baixar as águas represadas. “Com a redução do nível do Rio dos Sinos para a cota de 7 metros, no sábado, os flaps também passaram a despejar as águas da bacia do Arroio Gauchinho para o rio”, explica a nota.
São 14 flaps instalados, cada um com diâmetro de 1000 milímetros. Esta ação será possível enquanto o nível do Sinos estiver mais baixo do que o nível das águas no bairro. Depois, os flaps serão fechados para evitar o retorno delas por este caminho.
