A mãe da pequena Agnes da Silva Vicente, de apenas 7 meses, fazia uma procura incessante pela pequena, que estava desaparecida desde que caiu de um barco durante a enchente no bairro Harmonia, em Canoas, no sábado da semana passada (4).
Neste domingo (12), Gabrielli Rodrigues da Silva, 24, usou as redes sociais para confirmar que a filha foi encontrada sem vida. “Meu presente de Dia das Mães foi o fim de uma busca incansavelmente por você, filha”, disse nos stories do Instagram.
“Infelizmente, a história não acabou como queria, agora, este vazio da foto vai ser eterno, agora, a saudade e a lembrança vão fazer morada”, escreveu em publicação.
Na mensagem de despedida da filha, Gabrielli colocou Ágata, irmã gêmea de Agnes, ao lado de uma roupinha da mesma estampa, usada pela bebê. “A minha miss simpatia, agora você está no céu, sorrindo para Deus, no colinho dele.”
Conforme Renata da Rosa, amiga da família que ajudava nas buscas pela criança, o corpo de Agnes foi encontrado na rua onde o barco virou. No entanto, outros detalhes não foram detalhados. “Sei que ninguém teve culpa! Ninguém! Muito menos as pessoas que se disponibilizaram em nos salvar”, continuou a mãe em publicação.
Informações sobre o velório da bebê ainda não foram divulgadas pela família. Em outra publicação, a mãe pede ajuda para a família e para o custo com a despedida de Agnes. Quem quiser ajudar, podem contribuir pelo Pix 040707130-00.
O acidente
Na última quarta-feira (8), Gabrielli narrou o ocorrido à reportagem. “Estávamos na Rua José Maia Filho, quando o barco virou [com 14 pessoas]. Foi agoniante. Nenhuma das mulheres sabia nadar. Eu estava com meu filho de 2 [anos] no meio das pernas. Quando caímos, agarrei ele pelo braço e me segurei na ponta do barco.”
No momento do acidente, Ágata, irmã gêmea de Agnes, estava sendo segurada pela avó, enquanto Agnes estava no colo da sogra de Gabrielli. Já a filha mais velha de Gabrielli, Alice, 7, estava sentada próxima ao motor da embarcação. “Quando caímos na água, a minha visão ficou turva. Só pensava nos meus filhos. Comecei a gritar porque só o meu filho Gabriel estava agarrado comigo. Pessoas que estavam em outros barcos nos ajudaram. Nessa loucura, todos fomos separados. As crianças não ficaram com os adultos”, recorda a dona de casa.
Em meio aos gritos e ao desespero, a mãe das bebês avisou aos voluntários e socorristas que eram duas meninas. Segundo ela, alguém gritou que ambas haviam sido salvas.
*Com informações de Tais Forgearini
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