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LITORAL NORTE

CATÁSTROFE NO RS: Imbé decreta calamidade pública após receber 5 mil pessoas que fugiram da enchente

Sem moradores desabrigados ou registro de enchente, a prefeitura justifica o decreto por conta do fluxo migratório que o município tem recebido

Débora Ertel
Publicado em: 09/05/2024 às 10h:28 Última atualização: 09/05/2024 às 10h:29
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Na noite de quarta-feira (8), o prefeito de Imbé, Ique Vedovato, declarou situação de calamidade pública em Imbé, no litoral norte. Sem moradores desabrigados ou registro de enchente, o Executivo justifica o decreto por conta do fluxo migratório que o município de 26,8 mil pessoas tem recebido.

A estimativa é que cerca de 5 mil pessoas procuram por ajuda na cidade. Este número, conforme a prefeitura, não reflete dados específicos de pessoas que foram atingidas e tiveram prejuízos com suas casas.

Prefeito de Imbé, Ique Vedovato | abc+



Prefeito de Imbé, Ique Vedovato

Foto: Prefeitura Imbé/Divulgação

Segundo o documento, Imbé utilizou todo o aparato disponível para minimizar os prejuízos sociais do desastre para assistência e socorro aos afetados, em decorrência do movimento migratório de pessoas oriundas de cidades atingidas. Com isso, conforme a prefeitura, houve sobrecarga em “toda rede municipal de saúde e de assistência social”.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, no dia 3 de maio, foram prestados 155 atendimentos no Posto de Pronto Atendimento 24 horas, movimento considerado normal. No dia 6 de maio, o serviço atendeu 279 pessoas, no dia 7, 233, e ontem (8), data de publicação do decreto, 274 pacientes.

O estado de calamidade ainda é justificado por problemas deixados pelas chuvas na estrutura da cidade, como danos em ruas, estradas, bueiros, lastros, margens e leito de rios, esgotos sanitários, residências e prédios públicos, entre outros. O decreto tem validade de 180 dias.

Foto aérea de Imbé | abc+



Foto aérea de Imbé

Foto: Maurício Marques/Divulgação

A reportagem procurou a prefeitura para uma entrevista de esclarecimento sobre a situação, que enviou nota informando que “não vamos nos manifestar, por ora”.

Nas redes sociais do município, há campanha para coleta de doações para os atingidos pela enchente, com cinco pontos de recolhimento.

Diante do caos instalado em Porto Alegre com a cheia do Guaíba, o prefeito Sebastião Melo orientou que as pessoas saíssem da capital e procurassem abrigo nas cidades do litoral. Inclusive, a partir de hoje (9) linhas especiais de ônibus intermunicipais começam a operar de Porto Alegre em direção ao litoral norte, para Osório e Capão da Canoa.

Nesta quinta, Imbé completa 36 anos de emancipação e é feriado na cidade, com ponto facultativo nas repartições públicas na sexta-feira.  

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