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CATÁSTROFE NO RS: Homem perde pai em enchente e segue ajudando vítimas; "Vou ficar aqui parado, chorando?"

Filipe Flores de Oliveira, 34 anos, utiliza um trator e o reservatório emprestado por um amigo

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Publicado em: 06/05/2024 às 11h:44 Última atualização: 06/05/2024 às 13h:50
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Morador de Montenegro. Filipe Flores de Oliveira, 34 anos, está desde domingo (5) auxiliando a comunidade na limpeza das casas e ruas do município. Ele utiliza um trator e o reservatório emprestado por um amigo. Nesta segunda-feira (6) a ajuda acontecia na Rua Osvaldo Aranha, bairro Olaria.

Filipe Flores Oliveira, 34 anos (de vermelho) perdeu o pai na enchente  | abc+



Filipe Flores Oliveira, 34 anos (de vermelho) perdeu o pai na enchente

Foto: Débora Ertel/ GES-Especial

O equipamento de 4 mil litros, serve para bombear a água acumulada da própria enchente para limpar o chão e as paredes.

Filipe é filho de Celomar Alves de Oliveira, 68 anos, encontrado morto na sexta-feira (3) ao cair de cavalo durante a tempestade. “Meu pai morreu por causa de uma besteira”, afirma. Celomar teria saído para procurar o gado em meio à enchente.

Questionado de onde está tirando forças para ajudar, Filipe é rápido. “Vou ficar aqui parado, chorando? Não dá para parar”, completa. A família era proprietária de 130 cabeças de gado, restaram apenas 15.

Rua Oswaldo Aranha, bairro Olaria, no domingo (5)  | abc+



Rua Oswaldo Aranha, bairro Olaria, no domingo (5)

Foto: Débora Ertel/ GES-Especial

Outro morador de Montenegro, ouvido pela reportagem, salientou que nunca havia visto algo igual. “Estávamos acostumados a observar a água subindo 50, 60 centímetros, no máximo. Desta vez, subiu mais de 2 metros dentro de casa”, diz Seu Eduardo.

*Débora Ertel e Juliano Piasentin

 

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