Um homem de 33 anos, morador de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, é a segunda vítima de leptospirose no Rio Grande do Sul. Conforme a prefeitura do município, ele morreu na última sexta-feira (17) e a confirmação do diagnóstico foi divulgada nesta terça-feira (21).
Familiares relataram ao poder público que a vítima teve contato com a água das enchentes que atingiram a cidade entre o final de abril e início de maio. No entanto, segundo a família, o homem teria utilizado acessórios adequados para a situação, como botas.
A prefeitura confirma que foram três casos confirmados na cidade apenas no mês de maio, as outras duas pessoas já estão recuperadas. O Centro de Atendimento de Doenças Infecciosas (Cadi) da Capital do Chimarrão aguarda o resultado de 23 testes laboratoriais.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou o óbito nesta tarde. Conforme o monitoramento do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), vinculado à SES, de 2 de maio até o final da tarde de terça foram confirmados 29 casos de leptospirose no Estado.
Cuidados
De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária de Venâncio Aires, a enfermeira Carla Lili Müller, em 2023 apenas oito casos foram registrados na cidade, com ausência de óbitos. “Se a pessoa estiver com suspeita de leptospirose, um médico precisa ser procurado imediatamente.”
Os principais sintomas são: febre alta, dor de cabeça, fraqueza e dores no corpo (em especial na panturrilha) e calafrios. Os indícios da doença surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação.
“O tratamento é iniciado já na suspeita de leptospirose, quando o paciente tem um conjunto de sinais e sintomas compatíveis e situação de risco que antecederam os sintomas nos últimos 30 dias ao aparecimento dos sinais”, completa.
A primeira morte aconteceu no município de Travesseiro, no Vale do Taquari. Em Canoas, na região metropolitana, a morte de um jovem de 20 anos é investigada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
LEIA TAMBÉM