Uma família de Taquara buscou a segurança do patriaca ao retirá-lo de casa no bairro Empresa, na manhã desta quarta-feira (1º). Não é por acaso. Há morador prevendo que, até quinta (2), as cercas das casas ficarão debaixo d’água com o Rio dos Sinos subindo.
A industriária Rose Siqueira, 44 anos, foi com a sobrinha e a irmã, convencer seu pai a sair de casa, na Rua Buenos Aires. O aposentado Edebrando Rodrigues Siqueira, 75, não queria deixar o local de jeito nenhum. Foi com a conversa da Rose, que entrou na casa e arrumou algumas roupas na sacola, que ele saiu. “A partir de amanhã [quinta], essas ruas estão tomadas por água e os pátios ficam intransitáveis”, contou a industriária.
Vizinho do idoso, Elias Gonçalves, 29, que trabalha com construção civil, relata que o pior está por vir. “Se ‘tu’ voltar aqui amanhã [quinta], ‘tu’ vai ver [o cenário] pior do que está agora. A água encosta na casa do ‘seu’ Edelbrando e as cercas de toda vizinhança some”, comentou Gonçalves, que saiu de casa na noite de terça-feira (30) com sua esposa e filha de três anos para ficar na casa da sogra.
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Os bairros mais atingidos são Santa Maria, Empresa (Loteamento Olaria) e Eldorado. No interior, há registros de danos em pontes em Açoita Cavalo, Padilha e Rio da Ilha. Em diversos distritos, o nível de arroios e rios transbordou, o que está impedindo o trânsito de veículos.
Há abrigos para receber os moradores atingidos com águas em suas residências. Um deles fica na Sede Campestre do Fogão Gaúcho, às margens da RS-115, e outro na Escola Estadual de Ensino Médio Willibaldo Bernardo Samrsla (CIEP).
Rio
No final da manhã de quarta-feira, o coordenador da Defesa Civil, Alessandro Santos, destacou que o Rio dos Sinos continuava em elevação. “Já estamos na cota máxima, que atingiu junho, setembro e novembro do ano passado, e temos preocupação que ocorram problemas maiores. Vamos ter que mobilizar mais pessoal e tirar mais famílias de locais que não estamos acostumados”, antecipou.
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