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SOLIDARIEDADE

CATÁSTROFE NO RS: Estudantes do Cimol fabricam móveis para doar a vítimas da enchente no Vale do Paranhana

Ação beneficiará famílias de Taquara, Rolante, Igrejinha, Três Coroas e Parobé que foram atingidas pelas cheias; saiba como ajudar

Ubiratan Júnior
Publicado em: 11/05/2024 às 10h:47 Última atualização: 11/05/2024 às 14h:23
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Cidades do Vale do Paranhana estão entre os 444 municípios afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Diante do cenário de destruição e perdas, estudantes do curso de móveis da Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato (Cimol), de Taquara, fabricam mobílias para doar para vítimas da região que foram atingidas pelas cheias.

Estudantes do curso de móveis irão fabricar camas e balcões de pia para vítimas da enchente no Paranhana | abc+



Estudantes do curso de móveis irão fabricar camas e balcões de pia para vítimas da enchente no Paranhana

Foto: Reprodução/Cimol

Os alunos produzirão 50 camas e 50 balcões de pia. Os dois móveis serão em MDF 18 mm branco. Serão feitas camas de casal e solteiro, e balcões de pias, sem a cuba, com duas portas e quatro gavetas. 

De acordo com o educandário, serão beneficiadas famílias de Taquara, Rolante, Parobé, Três Coroas e Igrejinha. A distribuição será através de cadastro na assistência social de cada município.

Ideia dos alunos

Conforme a vice-diretora do Cimol, Kelly Barbosa, inicialmente a ideia era o educandário fazer ações para ajudar alunos, professores e funcionários que tiveram casas atingidas pela enchente. Então, foi decido que cada um dos 8 cursos técnicos fariam uma ação social. Ela conta que os estudantes do curso de móveis foram os idealizadores de projeto.

“Os alunos falaram com o coordenador do curso de móveis [ profº Marlon Rosano Lazzaretti] que gostariam de ajudar com o que estão aprendendo, as técnicas da marcenaria”, lembra Kelly. Ela destaca que ao longo dos anos de formação os estudantes têm aulas práticas. “Eles pensaram então: ‘ah, profe, vamos os usar as nosso tempo e a nossa marcenaria para ajudar os alunos que precisam.'” 

A vice-diretora explica que eles possuem apenas material para os projetos que fazem em aula e que o espaço é pequeno. Então começaram a idelizar formas de conseguir os materiais e com a autorização da diretora Karine Kersting, fizeram publicação nas redes sociais para ter ajuda da comunidade, que costuma ser participativa. “Começaram a pedir o MDF ou o valor em dinheiro.” 

Para ter controle da situação, a direção disponibilizou a conta bancária do Circulo de Pais e Mestres (CPM), que conta com equipe de transparência.”A nossa preocupação sempre foi usar a conta do nosso CPM, temos um CPM com prestação de conta bem sério. Temos um presidente, uma equipe, tesoureiro e vai para escritório de contabilidade. É muito sério esse nosso compromisso”, enfatiza Kelly. 

A partir da divulgação nas redes sociais, surgiram doações e também empresas parceiras interessadas em contribuir com a ação. Além disso, a coordenação da curso também conversou com fornecedores de materias da instituição, que apoiaram a iniciativa.

Como a campanha ganhou proporções maiores que o esperado, a escola fez parceria com a Câmara da Indústria, Comércio e Serviço e Agropecuária do Vale do Paranhana (CICSVP), que fará intermediação com a assistência social dos municípios beneficiados, que definirão as familías que receberão os móveis fabricados pelos alunos. A escola ressalta que não tem participação na definição dos beneficiados, que serão definidos pelos critérios do órgão social de cada cidade.

Qualidade é prioridade

“A nossa precocupação é de que todos os móveis saiam com qualidade e que não tenha discriminação de tipos de móveis. Um mais simples ou maior que o outro. Então serão todos padronizados”, afirma a vice-diretora. Ela reforça que a instituição acredita que a padronização e qualidade do material utilizado precisar ser “mais cuidadosa e criteriosa no trabalho voluntário, porque é de coração.”



“Acreditamos nessa causa e entendemos todo o sofrimento que essa cheia trouxe para a comunidade. Então esse trabalho é com maior critério ainda do que se fosse um trabalho assalariado. O trabalho voluntário precisa ser feito com mais empenho do que qualquer outro tipo de trabalho”, pontua.

Para a Kelly, a ação contribui para o desenvolvimento social dos estudantes. “Acreditamos que esse mobiliário para casa traz dignidade, conforto, acolhimento e a chance de recomeço. E os nosso alunos, cidadãos já, tem papel fundamental nessa reconstrução. Não só das enchentes, mas da ideia de um mundo mais solidário, mais carinhoso”, finaliza.

Como ajudar

A campanha de arrecadação de insumos para os móveis e de dinheiro continuam. Quem quiser colaborar com Pix pode fazer para CICSVP, através do chave CNPJ 97.764.815/0001-89. Ou direto para o Cimol através do Pix através da chave (e-mail) cimol@cimol.g12.br. Quem escolher a segunda opção para colaborar, deve enviar o comprovante da doação para o WhatsApp (51) 986081173, para fins de controle.

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