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CATÁSTROFE NO RS: Enchentes aumentam risco de leptospirose e acidentes com animais peçonhentos; saiba como se proteger

Leptospirose apresentar letalidade de até 40% nos casos mais graves

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Publicado em: 05/05/2024 às 18h:07 Última atualização: 05/05/2024 às 18h:07
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As enchentes que atingem o Rio Grande do Sul também trazem riscos de transmissão de leptospirose e acidentes com animais peçonhentos. Saiba os sintomas e como se proteger.

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Enchente já é a maior do estado do Rio Grande do Sul | abc+



Enchente já é a maior do estado do Rio Grande do Sul

Foto: Maicon Nericke/Especial

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira. A doença pode apresentar letalidade de até 40% nos casos mais graves.

Sintomas

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) destaca que o contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias, sendo que normalmente ocorre entre sete e 14 dias após contato com as águas de enchente ou esgoto. 

Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios. Contudo, o Cevs chama a atenção para aqueles municípios com alta transmissão de dengue e que foram atingidos pelas cheias para o cuidado na hora do diagnóstico, já que muitos dos sintomas são similares.

Testagem laboratorial

Considerando o cenário, casos suspeitos oriundos de área de alagamento e com sintomas compatíveis com leptospirose devem iniciar tratamento medicamentoso imediato. Quando possível, deve ser coletada amostra a partir do sétimo dia do início dos sintomas para envio ao Laboratório Central do Estado (Lacen/RS).

Já no caso de municípios impossibilitados de envios de amostras devido às limitações diversas, a coleta pode ser enviada para laboratórios privados enquanto durar o decreto de calamidade pública no Rio Grande do Sul em razão das chuvas intensas.

Tratamento

O tratamento (antibioticoterapia) está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Sempre com uma avaliação de um profissional de saúde, na fase precoce são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina. Para a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima.

Limpeza

Nos locais que tenham sido invadidos por água de chuva, o recomendado é fazer a desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio a 2,5%, presente na água sanitária (um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água). Além disso, a luz solar ajuda a matar a bactéria.

Outra dica é manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos, retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais são ações que ajudam a evitar a presença de roedores. 

Acidentes com animais peçonhentos

Situações como essas podem também aumentar a ocorrência de acidentes com animais peçonhentos, em função de deslocamentos dos habitats naturais destes animais, provocados pelas inundações. 

Em casos de suspeita ou acidentes com animais peçonhentos, qualquer pessoa ou o profissional de saúde, durante o atendimento, pode contatar o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) pelo telefone 0800-7213000, disponível 24 horas.

Mais informações estão disponíveis no site da Secretaria da Saúde.

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