RETORNO PARA CASA
CATÁSTROFE NO RS: Enchente recua no Vale do Paranhana e moradores avaliam estragos; confira alerta da Defesa Civil
Famílias desalojadas por conta das chuvas que atingiram a região começaram a voltar para casa na manhã desta sexta-feira (3)
Última atualização: 03/05/2024 12:17
O cenário do Vale do Paranhana mudou de quinta-feira (2) para esta sexta-feira (3). As ruas tomadas de águas vermelhas, que não possibilitavam enxergar a base para pisar, hoje estão cheias de barro. É possível agora visualizar o rastro de destruição.
Na manhã de hoje (3), o prefeito de Rolante, Pedro Rippel, apela por ajuda para conseguir limpar a cidade. Ele declarou que a situação é diferente de quinta-feira. As águas baixaram e as pessoas conseguem se locomover. No entanto, "o cenário da cidade é terrível. É muito barro. É uma situação muito feia de se ver. A cidade está caótica, muita sujeira, muita lama, muita destruição", avalia.
Em Rolante, salienta Rippel, as pessoas estão tirando seus móveis e pertences para a rua. Está tudo molhado e deteriorado. A situação se estende a lojas e supermercados. "Foi algo fora de série. Foi a maior enchente da história registrada pelo município. Então hoje só resta enxergar a destruição e rever a melhor forma possível de estar retomando", salienta.
Em Parobé, as águas estão baixando e as primeiras famílias estão deixando os abrigos. Às 8 horas desta sexta-feira, mais de 6 mil pessoas estavam desalojadas e mais de 600 em abrigos da prefeitura, na escolas Noemy Fay dos Santos, bairro Nova Guarujá, e Padre Afonso Kist, Distrito de Santa Cristina do Pinhal.
Na calçada, a industriária Adriana Dias da Silva, 36, moradora do bairro Paraíso, contabiliza os estragos. “Voltamos hoje para casa para ver o que conseguimos salvar”, afirmou. Geladeira, máquina de lavar e armários já estavam na lista de itens que seriam descartados.
Em Taquara, há famílias do bairro Santa Maria retornando para suas casas. O número de pessoas que tiveram que sair de suas casas e procuraram um dos três abrigos organizados da Prefeitura de Taquara chega a 346. O dado foi informado pela Defesa Civil na manhã desta sexta-feira (3).
Em todo o município, são mais 4,2 mil desalojados que saíram de suas casas e procuraram auxílio em residências de familiares e amigos. As águas de rios e arroios atingiram 1.144 imóveis na zona urbana.
Situação ainda requer cuidados
A Defesa Civil não impede os moradores de retornarem as suas residências. Mas recomenda que, caso alguém suspeite de problema estrutural ou observe problemas que possam gerar insegurança, que não retornem para a residência e permaneçam no abrigo. A orientação é do secretário de Defesa Civil, Segurança, Cidadania e Mobilidade Urbana de Parobé, Paulo Pinheiro.