Canela tem um cenário em que mais de 100 famílias tiveram que deixar as casas, devido aos riscos causados pela tempestade. O número aumenta a todo instante, com novos locais sendo monitorados pela Defesa Civil. Deslizamentos de terra e quedas de árvores são percebidos em diversos pontos do município.
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Em um panorama da atual situação, o coordenador operacional da Defesa Civil, Luciano Konrad, reforça o pedido para que as famílias que estão em áreas de risco deixem as residências e busquem um local seguro como abrigo. Duas pessoas morreram soterradas em Canela.
O relato é feito, pois na localidade chamada de “Pedreira”, no bairro Santa Marta, mais de 50 pessoas relutam em sair das casas, mesmo em uma área apontada como de “extremo risco”. Novos deslizamentos podem acontecer, além de uma pedra que ameaça rolar. Cerca de 40 famílias já deixaram o local e estão sendo atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro.
Com uma grande demanda por atendimento, a prioridade é pelas ocorrências de risco de morte, assim como há uma força-tarefa para resgatar pessoas ilhadas.
No final da manhã desta sexta-feira (3), uma guarnição do Corpo de Bombeiros e equipe do Serviço Móvel de Urgência (Samu) conseguiram resgatar em torno de 100 pessoas que estavam sem conseguir sair de casa por causa dos bloqueios da rodovia Arnaldo Oppitz. Foram mais de dez horas de trabalho para liberar os acessos e chegar no local, que continua com deslizamentos.
Luciano trabalhou dez anos como bombeiro civil e atou na tragédia de Brumadinho. Agora, usa a experiência para auxiliar a Defesa Civil de Canela. Ele reforça que os locais críticos seguem um monitoramento constante e que, após a chuva passar, laudos das áreas afetadas serão elaborados.
Lago da Fazendo Sonho Meu
Nesta manhã, equipes da Prefeitura, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros monitoraram um lago de 18 hectares e cinco metros de profundidade na Fazenda Sonho Meu, no bairro Jardim das Fontes.
Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente afirmaram que a estrutura não está colapsada, mas há um pequeno vazamento devido à pressão da vazão da água. Desde a quarta (2), houve uma diminuição no nível das águas, e a tendência é que continue a baixar se as chuvas diminuírem.
Por precaução, os moradores próximos ao leito do rio que passa pelo Morro Calçado, estão sendo orientados a deixar o local. O alerta é especialmente direcionado aos moradores do interior de Canela (Morro Calçado) e Canastra.
“Não é para causar pânico, mas a comunidade precisa estar alerta”, conclui Luciano.
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