Um dos problemas que afetava diretamente os moradores da Vila Brás, em São Leopoldo, e da Vila Palmeira, em Novo Hamburgo, foi parcialmente resolvido nesta quinta-feira (16).
A Construsinos, empresa contratada pela Prefeitura de São Leopoldo, conseguiu estancar quase que totalmente a entrada de água do Rio dos Sinos naquela região. Como o rio está alto, ainda há uma quantia pequena de água que entra na bacia do Arroio Gauchinho.
O reparo emergencial no dique que se rompeu no lado leopoldense em 4 de maio, no ápice da enchente, teve início na sexta-feira da semana passada, quando a empresa começou a fazer melhorias no acesso ao local. Três máquinas e 12 caminhões depositaram pedras (rachão) ao longo da estrutura. A intenção é que, no futuro, seja realizada uma obra definitiva no local.
O conserto provisório do dique traz um fio de esperança aos moradores da Vila Palmeira, em Novo Hamburgo, que continuam com as casas embaixo d’água. Mesmo com a chuva e o frio, o vigilante Anderson Cristiano Pinheiro, 44 anos, foi até as obras do dique na tarde de quinta. Ele acreditava que a inundação estaria menor e poderia caminhar até o local onde tem uma chácara e vive com a esposa e os seis filhos há 16 anos.
Mas Pinheiro garante ter consciência de que o funcionamento da casa de bombas do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, é fundamental para a Vila Palmeira voltar à normalidade. “Mas tem muita gente achando que só com o conserto do dique vai resolver. Eles não têm noção de que sem a casa de bombas não vai resolver”, conta. O vigilante pensa em comprar um terreno em São Leopoldo, em uma parte alta, para não ter que passar pela mesma situação, já que hoje está em um alojamento com outras 30 pessoas.
Residindo na Rua Eldorado, a industriária Paola Costa Silveira, 23, também foi até a região do dique na tarde de quinta-feira, acompanhada do companheiro. Desde que saíram de casa, foi a primeira vez que eles retornaram para a Vila Palmeira, pois também tinham expectativa de que a água tivesse baixado. No entanto, voltaram para a casa onde estão abrigados em Estância Velha sem boas notícias.
O que dizem os prefeitos sobre a Casa de Bombas
“Estamos aguardando uma posição da Prefeitura de Novo Hamburgo sobre o tema das bombas. Hoje, não temos ainda nenhuma definição quanto as bombas, porque elas não são de nossa responsabilidade”, afirmou o prefeito Ary Vanazzi, em entrevista coletiva na quinta-feira.
Para a retomada do funcionamento da casa de bombas do bairro Santo Afonso, a Prefeitura de Novo Hamburgo diz que são necessários R$ 17,5 milhões, entre obras emergenciais e definitivas.
Segundo a prefeita Fatima Daudt, foram apresentados pedidos de R$ 8,5 milhões para medidas emergenciais para tirar as águas represadas no bairro Santo Afonso, o que inclui a contratação de bombas flutuantes, geradores, combustíveis e tubos PEAD para transpor a água sobre o dique até o rio. Além disso, há ainda pedido de R$ 9 milhões para obras fundamentais na Casa de Bombas.
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