QUATRO CIDADES
CATÁSTROFE NO RS: Como vão funcionar as cidades temporárias propostas pelo governo do Estado?
Mais de 78 mil pessoas estão em abrigos espalhados por 103 cidades gaúchas
Última atualização: 17/05/2024 13:09
Com mais de 78 mil pessoas em 875 abrigos, espalhados por 103 cidades gaúchas, o governo do Estado anunciou e detalhou um novo plano habitacional. Inicialmente, quatro municípios vão sediar cidades temporárias. São elas: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba.
Na sequência desse projeto, casas deverão ser construídas e residências de passagem disponibilizadas à população. Conforme o vice-governador, Gabriel Souza (MDB), isso é necessário para auxiliar no processo de reconstrução e proporcionar dignidade às pessoas. “Até hoje, maio de 2024, existem moradores vivendo em abrigos no Vale do Taquari devido à enchente de setembro do ano passado.”
As cidades temporárias devem ser finalizadas entre 15 e 20 dias após a contratação da empresa responsável. A licitação emergencial já foi elaborada pelo governo, afirma Souza.
Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba
Entre os quatro municípios que vão receber os novos abrigos, apenas Guaíba não tem o local exato definido. Em Porto Alegre a casa do samba vai se tornar a casa provisória de muitas pessoas.
Com 30 mil metros quadrados, o Complexo Cultural Porto Seco, foi escolhido pela estrutura que oferece, ter o terreno nivelado e com possibilidade de instalação dos abrigos ou canteiros. Além disso, o local é de fácil acesso à água e esgoto.
Já em Canoas, os abrigados serão direcionados ao Centro Olímpico Municipal, com área total de 15 mil metros quadrados, o espaço conta com terreno nivelado, ginásio, campo de futebol e acesso à água e esgoto facilitado.
No Vale do Sinos, em São Leopoldo, o Centro de Eventos será a mais compacta das cidades temporárias. A área do local é de 3,4 mil metros quadrados e o terreno com base de brita é nivelado, possuindo área de drenagem e acesso a esgoto e água.
Estrutura necessária
Para viabilizar o projeto, o vice-governador deu detalhes da estrutura necessária para que os abrigos possam funcionar.
As cidades vão contar com: administração, almoxarifado, atendimento médico (posto de saúde), brinquedoteca, espaço para animais de estimação, chuveiros e banheiros em local fora da área principal, cozinha, dormitórios, espaço multiúso (com TV e computadores), fraldário, lavanderia, refeitório, staff, triagem e assistência social.