A Prefeitura de Canoas decretou situação de emergência devido às inundações, enxurradas, alagamentos e chuvas intensas no município. O Decreto 167/24 foi publicado em edição complementar do Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (2) prevê o início de processos de desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares comprovadamente localizadas em áreas de risco, além da requisição de prédios públicos e privados, equipamentos, profissionais e veículos.
“É uma situação extrema. Não há precedentes na história de Canoas e do Rio Grande do Sul. Tudo que está acontecendo nos últimos cinco dias é superior ao que aconteceu no passado. Canoas registrou 372,6 milímetros. A média para maio é 112 milímetros. Nas últimas 30 horas, o bairro Niterói foi o mais atingido. Diante dessa calamidade pública estamos tomando medidas”, frisa o prefeito Jairo Jorge.
Entre as ações anunciadas estão: requisição de 50 bombeiros civis para ampliar a força de trabalho; chamamento de soldados da Força Aérea Brasileira (FAB) para ações de apoio; ampliação de vagas de abrigo no Centro Olímpico Municipal; formação de grupo de trabalho para análise e planejamento de medidas futuras.
Segundo a Prefeitura, também será feita a revisão dos diques pelas equipes de engenharia e reforço de obras em áreas não protegidas — em especial, na Vala da Madrinha, no bairro Mato Grande. A previsão climática aponta aumento das chuvas entre esta quinta (2) e a sexta-feira (3).
Até o momento, cerca de 40 pessoas estão abrigadas na escola Prof. Thiago Würth, localizada na Avenida Rio Grande do Sul, 4240 – Mathias Velho. O decreto prevê também a criação de centros de doações e voluntariado. Entregas de mantimentos como roupas, calçados, cobertores, alimentos não perecíveis e kits de limpeza e higiene podem ser feitas na sede da Defesa Civil e nos locais de acolhimento, como a Emef Thiago Würth e o Centro Municipal Olímpico.
Desligamento de energia
A Prefeitura de Canoas e a Rio Grande Energia (RGE) anunciaram que a energia elétrica será desligada nas áreas consideradas de risco iminente. A previsão é que o bairro Niterói tenha 3 mil residências atingidas.
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