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É MUITA ÁGUA

CATÁSTROFE NO RS: Abrir canais na Lagoa dos Patos para escoar enchente é a solução? Entenda

Possibilidade circula nas redes sociais; veja o que diz o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs

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Publicado em: 11/05/2024 às 15h:05 Última atualização: 11/05/2024 às 15h:05
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Desde que o nível do Guaíba ultrapassou a cota de inundação e alagou parte de Porto Alegre, circula nas redes sociais uma série de ideias sobre como resolver o problema acelerando o escoamento da água na Lagoa dos Patos.

Saída da Lagoa dos Patos para o Oceano Atlântico, entre Rio Grande e São José do Norte | abc+



Saída da Lagoa dos Patos para o Oceano Atlântico, entre Rio Grande e São José do Norte

Foto: Divulgação

A preocupação existe porque, nos molhes da barra, o vão de saída da água da lagoa é de aproximadamente 800 metros. E como o volume que está “descendo” da Grande Porto Alegre é muito grande, fatalmente há um represamento.

Uma das soluções apontadas por anônimos seria justamente a abertura de canais ligando a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico para além dos molhes. Em linha reta, a área de terra entre a lagoa e o mar tem pouco mais de um quilômetro em pontos de São José do Norte.

Neste sábado (11), o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) emitiu um comunicado sobre a possibilidade de abrir canais ligando a lagoa ao oceano. “Uma obra desse tipo, sem as considerações necessárias, pode causar danos irreversíveis”, concluem os técnicos.

“Esse tipo de obra exige estudos detalhados, com uma visão multidisciplinar e interdisciplinar para avaliar os impactos positivos e negativos. Sem tais estudos, há pouca garantia de que uma obra desse tipo garantiria um rebaixamento significativo do nível d’água no Guaíba e na Lagoa dos Patos, que é governado por múltiplos fatores”, diz o texto.

A nota acrescenta que “tecnicamente, a abertura de uma nova barra envolve riscos elevados: erosão das praias; salinização do Guaíba e da Lagoa do Casamento; efeitos negativos sobre o ambiente, a sociedade e a economia, afetando navegabilidade e a produção agrícola. Além disso, há que considerar que esse sistema teria elevados custos de implantação e manutenção, com operação complexa”.

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