O líder de uma facção foi julgado pelo Tribunal do Júri pela morte da modelo Nicolle Britto Castilhos da Silva, de 20 anos. Conforme a denúncia do Ministério Público, ele seria mandante do crime que aconteceu em 2017, em Cachoeirinha. A vítima foi raptada, torturada e morta. No entanto, o corpo dela nunca foi encontrado porque houve indícios de esquartejamento.
A motivação foi um desentendimento entre duas organizações criminosas do Estado. Segundo o MP, a facção que réu comandava acreditava que Nicolle teria delatado aos rivais o endereço de um integrante do grupo, que foi assassinado com a companheira dias da suposta delação.
Os promotores de Justiça Thomaz De La Rosa da Rosa e Francisco Saldanhadestacaram em plenário que as qualificadoras do homicídio são motivo torpe e dissimulação. De acordo com eles, o acusado foi o mandante, pois quando o crime aconteceu junho daquele ano, encontrava-se detido. A companheira dele na época teria o instigado a dar ordem para execução de Nicolle. A mulher foi absolvida pelo Júri.
Já o líder da facção foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver da modelo. A promotoria afirma que vai recorrer para aumentar a pena do condenado e também da absolvição da mulher. A sentença foi proferida na madrugada desta quinta-feira (11).
A Justiça ainda julgará a delação premiada, firmada em 2020, sobre a participação outros 5 executores de Nicolle. O MP enfatiza que trabalha para combater a percepção negativa de vítimas, principalmente mulheres, “que, de forma ingênua, acabam envolvidas com pessoas perigosas ligadas a facçãos criminosas, como no caso da modelo.”
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