CRIME NO LITORAL NORTE

CASO MIGUEL: Júri de mãe e madrasta tem data definida pela Justiça; relembre

Menino de 7 anos foi assassinado e corpo foi jogado no Rio Tramandaí, em Imbé, em julho de 2021

Publicado em: 24/01/2024 10:31
Última atualização: 24/01/2024 10:43

Dois anos e meio após o menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, ter sido assassinado, a mãe e a madrasta, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 28 anos, e Bruna Nathiele Porto da Rosa, 26, irão à júri. O julgamento está marcado para o dia 4 de abril, no Foro de Tramandaí.

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Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos Foto: Reprodução

A mãe do menino, Yasmin, e a companheira dela foram indiciadas pelo Ministério Público pelos crimes de tortura, homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a vítima) e ocultação de cadáver. Elas e 25 testemunhas foram interrogadas em audiências da Comarca de Tramandaí em 2021.

A data do júri foi marcada pelo Juiz de Direito Gilberto Pinto Fontoura, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Tramandaí, após o esgotamento de recursos das defesas contra a decisão (Sentença de Pronúncia), definindo que as rés devem ser julgadas pelo Tribunal do Júri.

No despacho, Fontoura informa a renúncia dos advogados da ré Yasmin, e dá prazo para que ela indique um novo defensor. Caso isso não ocorra, a defesa será feita pela Defensoria Pública.

Relembre o caso

Miguel morava com a mãe e a madrasta. De acordo com a denúncia do MP, na madrugada de 29 de julho de 2021, ele foi morto pelo casal após ser torturado e teve o corpo colocado em uma mala de viagem. Eles jogaram a mala no Rio Tramandaí. As mulheres confessaram o crime à Polícia Civil.

A motivação teria sido porque Miguel atrapalhava o relacionamento delas. Conforme o MP, a denúncia contra as acusadas deu-se pelo fato delas submeterem a vítima a agressões físicas, privação de liberdade, intenso sofrimento mental e emocional.

Além disso, Yasmin e Bruna respondem por planejar, arquitetar e executar o homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Em novembro de 2021, uma reconstituição do crime foi realizada com a participação da madrasta e sem a presença da mãe de Miguel.

Em interrogatório durante audiência do processo criminal, Bruna atribuiu à mãe a responsabilidade pela morte do menino. Yasmin, ficou em silêncio.

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