JUSTIÇA

CASO MIGUEL: Delegado diz que menino era considerado "um estorvo" pela mãe e pela madrasta; acompanhe ao vivo o júri

Investigação concluiu que Miguel dos Santos Rodrigues sofria intensa tortura física e psicológica pela mãe e pela madrasta

Publicado em: 04/04/2024 14:25
Última atualização: 04/04/2024 14:31

Assista ao vivo à segunda parte do primeiro dia de júri:

 

Mãe e madrasta, acusadas de torturar, matar e ocultar o corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, começaram a ser julgadas nesta quinta-feira (4) pelo crime. O júri começou às 9h30. 


CASO MIGUEL: Delegado diz que menino era considerado "um estorvo" pela mãe e pela madrasta; acompanhe ao vivo o júri Foto: Juliano Verardi - DICOM/TJRS

Yasmin Vaz dos Santos, mãe de Miguel, e Bruna Nathiele Porto da Rosa, companheira dela na época dos fatos, respondem pelos crimes de tortura, homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O assassinato teria sido motivado por elas considerarem que o menino atrapalhava o relacionamento delas. O corpo da criança, que nunca foi encontrado, teria sido arremessado no Rio Tramandaí.

A primeira testemunha ouvida foi o delegado de Polícia Civil Antônio Carlos Ractz Júnior, que coordenou as investigações na época dos fatos. A investigação concluiu que o menino Miguel sofria intensa tortura física e psicológica pela mãe e pela madrasta. E que mataram a criança intencionalmente por considerá-la "um estorvo". Ele também disse que "Miguel era um empecilho para elas, era um peso".

Durante o depoimento, o delegado relatou que o menino era forçado a escrever em um caderno frases que o depreciavam, apanhava, ficava acorrentado dentro de um guarda-roupa. Além disso, ele recebia quase não recebia comida e tinha poucos brinquedos e roupas. 

Assista ao depoimento do delegado, na manhã desta quinta-feira:

Para a Polícia Civil, tudo indica que Miguel foi assassinado dentro do apartamento onde morava com a mãe e a madrasta, em Imbé, colocado dentro de uma mala e jogado no Rio Tramandaí.

A mala foi encontrada e havia material genético da vítima dentro do acessório, como a perícia comprovou. Foram 45 dias de busca, mas o corpo nunca foi encontrado.

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