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JUSTIÇA

Caso de falta de oxigênio no hospital de Campo Bom tem nove réus por mortes de pacientes; veja quem são

Há três anos, durante a pandemia de Covid-19, o Hospital Lauro Reus ficou sem abastecimento de oxigênio para pessoas internadas

Kassiane Michel
Publicado em: 20/03/2024 às 10h:40 Última atualização: 20/03/2024 às 13h:43
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Há três anos, pacientes com Covid-19 internados no Hospital Lauro Reus, em Campo Bom, morreram por falta de oxigênio, devido a uma pane no sistema. A Justiça tornou réus nove acusados pelas mortes de seis pessoas internadas. O caso aconteceu em 19 de março de 2021. 

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Caso de falta de oxigênio no hospital de Campo Bom tem nove réus por mortes de pacientes; veja quem são

Foto: Arquivo

Conforme a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, aceita pela Juíza de Direito Greice Witt, da Vara Criminal de Campo Bom, os réus respondem por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os acusados são funcionários do hospital, na época da falta de oxigênio, e representantes da Air Liquide, empresa que fornecia oxigênio para a casa de saúde, pois uma sindicância feita pelo hospital concluiu que ocorreu falta de abastecimento.

Quem são os réus

Representante da Associação Beneficente São Miguel, antiga mantenedora do hospital:

  • Jorge Ricardo Fischer Pigatto, que era diretor-executivo da associação.

Funcionários do hospital, na época do ocorrido:

  • Diordinis Maciel de Mello;
  • Douglas Pereira Gomes;
  • Jeferson Oliveira Miranda;
  • Melissa Fuhrmeister Cândido;
  • Paulo Ricardo Machado Lopes.

Representantes da Air Liquide:

  • Marcelo Sauner Junior, representante da Air Liquide, empresa fornecedora de oxigênio;
  • Bruno Elias de Souza;
  • Cleber Belote de Lima.

Município de Campo Bom é réu em ação civil pública

Além do processo criminal, há uma ação na esfera cível. A Justiça incluiu o município de Campo Bom e a Air Liquide como réus. O objetivo é reparar os familiares dos pacientes que morreram. 

Em nota, a prefeitura diz que “o Município sempre disponibilizou todos os recursos necessários ao bom funcionamento do hospital e, inclusive por isso, devem ser apuradas as responsabilidades e falhas, condenando-se os culpados”. 

A advogada Franciele Kozlowski, que atende as famílias das vítimas, considera as decisões da Justiça uma vitória. “Sabemos do longo caminho ainda até a sentença. As famílias esperam a transparência sobre os fatos envolvendo a tragédia e a responsabilização dos culpados.”

A reportagem tentou contato com a Air Liquide, mas não teve retorno até a publicação. O espaço segue aberto para manifestação da empresa e também dos demais réus. 

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