VERÃO
Casal trabalha há 28 anos vendendo água de coco e cocada no Calçadão de Canoas
Calor típico da atual estação é um convite para o consumo da bebida geladinha
Última atualização: 22/01/2024 15:40
O calor típico da atual estação é um convite para o consumo de alimentos mais saudáveis e refrescantes. No Calçadão de Canoas, é possível ficar um pouco mais próximo da praia. Há 28 anos o baiano Antônio dos Santos, de 61 anos, vende no local cocos verdes, água (geladinha) de coco e cocadas de variados sabores.
Natural de Feira de Santana-BA, Antônio é carinhosamente chamado de baiano pelos clientes. "Saí da minha cidade para tentar a vida em centros maiores. Fui para São Paulo quando tinha 28 anos para trabalhar como ajudante de carga e descarga de coco. Fiquei um tempo até que um senhor me ensinou a fazer cocada", relembra.
Antônio diz que quando aprendeu a fazer o doce viu uma oportunidade de ter o próprio negócio. "Entre os municípios que pesquisei na região metropolitana do Rio Grande do Sul, Canoas foi a cidade que mais me chamou a atenção para morar e trabalhar", evidencia.
Para garantir um ponto no Calçadão de Canoas, Antônio teve que provar que a cocada que fazia era diferenciada e única na cidade. "Consegui falar com o prefeito da época, ele disse que ia me conceder o ponto porque não havia encontrado um produto igual ao meu", explica.
O veterano se orgulha de ter obtido o ponto fixo para trabalhar por conta. "Desde o início, vendo cocada, coco e água de coco. Agora, no verão, por causa das altas temperaturas não consigo vender aqui, só por encomenda. Quando diminuir o calor, retorno com o meu carro-chefe, as cocadas", ressalta.
Quem passa pela esquina da Rua Quinze de Janeiro com a Tiradentes encontra seu Antônio e esposa com o carrinho cheio de cocos verdes. Baiano vende o coco por R$ 12,00 a unidade, e a água de coco em copo de 400ml e em garrafas de 500ml. "Utilizo a serpentina, a água sai geladinha na hora. Com esse calor, os clientes adoram chegar aqui e consumir a água geladinha na hora", destaca.
E não foi só o negócio que se consolidou em solo gaúcho. "Encontrei minha gaúcha somos casados há 30 anos e não mais larguei, trabalhamos juntos. Eu faço as cocadas, em março já começo a produção novamente", salienta. Antônio está casado há 30 anos com Ivonir Zandona, 62 anos. O casal atende em conjunto os clientes e sonha montar um quiosque.
Planos futuros
Para produzir a cocada ao vivo, Antônio diz que necessita de um espaço maior. "Quero ampliar o atendimento. Dar destaque para o meu principal produto, a cocada. Faço diversos sabores. Com o coco, a pessoa pode escolher mais um sabor. Espero conseguir até o ano que vem", destaca.
Para Antônio, um quiosque seria o mais adequado para manter a venda de coco, a produção de cocada. "Quero fazer as vitaminas na hora, os doces, tudo ali para o cliente poder escolher e ver como é o processo de produção. E claro, manter a qualidade da água de coco, sempre geladinha", finaliza.