Enfrentar temperaturas de tórridas a congelantes ou vice-versa, vivenciar a altitude de regiões montanhosas, admirar belas paisagens e curtir os prazeres de viajar pela América do Sul. Essas são algumas das motivações de Mateus de Souza Machado, 24 anos, e sua namorada Carolina Eduarda Weber, 21, a Carol, que saíram de Estância Velha no último dia 18 de julho. O objetivo é chegar até o Caribe e retornar para o Vale do Sinos a tempo de celebrar o Natal e o réveillon. “Só jogamos mochilas e a caixa de ferramentas dentro do carro e fomos”, conta Mateus, que é estudante de Arquitetura e antes trabalhava com o pai, dirigindo caminhão.
Foto: Arquivo Pessoal
O morador de Estância Velha tinha um sonho: viajar por vários países com um carro antigo. E colocou seu plano em prática: comprou uma Caravan, fabricada em 1977, e partiu para a estrada, com pouca bagagem e muito espírito aventureiro. O veículo foi carinhosamente batizado de “Jurema”.
Até o início de setembro, o casal de namorados já havia percorrido cerca de 7 mil quilômetros. Durante o caminho, “Jurema” enguiçou raras vezes. “Deu um probleminha no carburador só”, conta Mateus, que tem habilidades para realizar consertos mecânicos.
Aliás, a escolha pelo modelo foi justamente por sua robustez e confiabilidade. Apesar de ser um carro pesado e de grande porte, está desempenhando uma boa média no gasto de combustível.
Foto: Arquivo Pessoal
Ainda em território brasileiro, a “guerreira” recebeu melhorias para ser adaptada como “carro-casa”: cama, compartimento para guardar roupas e utensílios, placas solares, geladeira, fogão, entre outros.
A dupla percorreu parte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, cruzou por Paraguai, Argentina, Chile e Bolívia. Atualmente, ambos estão no Peru. Depois, seguirão para a Colômbia. O ápice deve ser em Cartagena.
Já conheceram vulcão, deserto, salinas, geleiras e praias paradisíacas.
Também já superaram alguns “perrengues”, como ter o canal hackeado, mas os benefícios compensam, na avaliação do aventureiro. Nada os desmotivou. O canal no YouTube agora se chama Detido Sobre Rodas.
De demitido a criador de conteúdo digital
Tudo começou com a pandemia de Covid-19, depois de uma demissão. “Aí comprei o caminhão Fenemê e disse: ‘Quer saber? Vou gerar conteúdo exclusivo. E assim começou. Fiquei conhecido na Internet, no Brasil todo e até fora do País”, conta. Ele obteve ótima audiência ao gravar vídeos guiando um caminhão FNM – sigla que muitas pessoas pronunciam como “Fenemê” – e dando dicas. Com o codinome Detido do FNM, Mateus alcançou milhares de inscritos em canais e seguidores nas redes sociais.
Depois, o foco passou para outros caminhões e agora para a jornada com a Caravan. “As redes sociais praticamente têm o resumo da minha vida”.
Parcerias e monetização
Para custear a viagem, o casal contou com parcerias, patrocinadores que tiveram suas marcas adesivadas na própria “Jurema”e a monetização do conteúdo nas redes sociais. Interessados podem procurá-lo no YouTube, no TikTok e no Instagram. Todo apoio é bem-vindo, seja financeiro. com wiews, likes ou compartilhamentos.
Mateus em pé sobre o capô da Caravan nas Salinas Grandes, em território argentino
Arquivo Pessoal
Morador do Vale do Sinos em viagem pelo continente com Caravan, fabricada em 1977
Arquivo Pessoal
Morador do Vale do Sinos em viagem pelo continente com Caravan, fabricada em 1977
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Morador do Vale do Sinos em viagem pelo continente com Caravan, fabricada em 1977
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Morador do Vale do Sinos em viagem pelo continente com Caravan, fabricada em 1977
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Morador do Vale do Sinos em viagem pelo continente com Caravan, fabricada em 1977
Arquivo Pessoal
Morador do Vale do Sinos em viagem pelo continente com Caravan, fabricada em 1977
Arquivo Pessoal
