Moradores de São Leopoldo que foram atingidos pela enchente de maio e que estão enfrentando dificuldades em acessar benefícios têm nesta semana a oportunidade de garantir auxílio gratuito para tirar dúvidas e buscar solucionar problemas por meio da caravana de direitos da Defensoria Pública da União (DPU).
A iniciativa, promovida pela DPU com a Advocacia-Geral da União (AGU) e parceiros, chegou à cidade nesta segunda-feira (22) e permanecerá até quarta (24) com atendimentos das 9 às 17 horas no Galpão Crioulo do 19º Batalhão de Infantaria Motorizado (19º BIMTz), localizado na Rua Presidente João Goulart, 139, bairro Morro do Espelho.
De acordo com o defensor público federal Alexandro Melo Corrêa, apesar de ter como foco prestar esclarecimentos e atendimento acerca de direitos relacionados à enchente, a caravana não se limita apenas a isto.
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“Tratamos, por exemplo, sobre o auxílio reconstrução, FGTS calamidade e todos os novos diretos que surgiram em razão do desastre ecológico no Rio Grande do Sul. Nestes casos, será feito esclarecimento e encaminhamento, caso nós não tenhamos atribuição para atuar. Além dos direitos típicos da enchente tratamos, também, daqueles tipicamente atendidos pela Defensoria Pública da União, toda ação relacionada à área federal como INSS, Ibama, Dnit”, explica.
Segundo ele, na quinta (25) e sexta-feira (26) a caravana segue para Novo Hamburgo, mas deve retornar para São Leopoldo na próxima semana, permanecendo no Município de 29 de julho a 2 de agosto. O projeto teve início em julho e deve contemplar 111 cidades gaúchas, com a realização de 90 missões até 31 de outubro. Segundo a DPU, as ações do programa também se alinham à Agenda 2030 e aos “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, sobretudo com o lema de Não deixar ninguém para trás. Até a última sexta-feira (19), já haviam sido realizadas 19 missões e mais de 5,8 mil atendimentos.
Facilidade
Moradora do bairro Campina, a cozinheira Juliana Faleiro, 32, teve a casa atingida pela enchente. Ela ficou sabendo sobre a caravana por meio de um grupo de WhatsApp e foi em busca de orientação. “Vim buscar ajuda com o meu auxílio reconstrução, que foi negado, e também atualizar o meu cadastro no Cras”, comenta. “Achei uma ótima ideia este projeto já que nos permite resolver várias coisas num só lugar”, diz.
Para a auxiliar de produção Amanda Klein, 36, a caravana serviria para tirar dúvidas sobre seguro-desemprego. Moradora do bairro São Miguel, ela foi demitida do trabalho no começo de junho. “Tem sido muito difícil reconstruir minha casa sem emprego fixo. O seguro, que ainda não recebi, seria a minha única fonte de renda neste momento”, lamenta.
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