DIVERSIDADE

Canoas retoma Parada Livre no próximo domingo

Evento visa promover a visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+

Publicado em: 15/11/2023 10:11
Última atualização: 15/11/2023 10:11

A última Parada Livre em Canoas ocorreu em 2019. Desde então, o evento que celebra a diversidade e promove a visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+ deixou de ser realizado no município. Após anos de hiato, a 11ª edição da Parada Livre retorna. A festa ocorre neste domingo (19), das 14 às 22 horas, no Parque Eduardo Gomes, no bairro Fátima, com entrada gratuita.

10ª edição da Parada Livre ocorreu em Canoas em 2019 e evento vai ser retomado Foto: Paulo Pires/GES

"É importante ressaltar que a Parada Livre é para todos, independente da orientação sexual. Teremos mais de 40 atrações, com música, dança, arte, informações sobre direitos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis", destaca a presidente do Conselho Municipal LGBT+ , Jeaniffer Alves.

O evento contará com apresentações de DJs e performances de drag queens, cantores e dançarinos de Canoas e região. "Será um momento de evidenciar a arte e lutar contra a homotransfobia que a população LGBT vive todos os dias", avalia.

Segundo Jeaniffer, o Conselho ficou desativado na gestão municipal anterior. "Levou mais tempo do que gostaríamos. Conseguimos retomar as atividades somente no fim de 2022. Tivemos alguns anos de retrocesso da causa. E ainda tivemos uma pandemia nos anos de 2020 e 2021. Infelizmente, ano passado também não houve condições e tempo hábil de fazer a Parada Livre", sinaliza.

Atualmente, o Conselho Municipal LGBT+ é composto por 21 membros, sendo 11 da sociedade civil e dez do Poder Público. "Todos nós somos voluntários, ou seja, não recebemos salário."

Desafios da população LGBT+

A 11ª edição da Parada Livre tem como tema "Canoas de todas as cores e formas de amores!". "Queremos reforçar a pluralidade e o amor. Fazer parte da comunidade LGBT+ é um constante desafio. A luta por direitos é contínua. Com o evento pretendemos ampliar a visibilidade ao movimento e também levar cultura e diversão para a população", enfatiza Jeaniffer.

Emprego e segurança são citados pela presidente do Conselho LGBT+ como as principais dificuldades enfrentadas pela comunidade em Canoas e nas demais cidades da região metropolitana.

"Em especial, as pessoas da sigla 'T' [transexuais e travestis]. Elas são as que mais sofrem discriminação no mercado de trabalho. O Brasil é o país que mais mata pessoas transexuais ", lamenta Jeaniffer.

Público e representatividade

O evento, organizado pela Prefeitura e o Conselho Municipal LGBT+ , tem uma expectativa de público de 2 a 4 mil pessoas. "Nas Paradas que ocorreram na região metropolitana, como Esteio e São Leopoldo, por exemplo, o público foi menor em relação a outras edições. Em Canoas, a tendência é a mesma.

"O município ficou um longo período sem grandes atividades para a comunidade. Isso contribui para o afastamento do público que não se sente representado", salienta Jeaniffer. "O Conselho Municipal busca reaproximar a população LGBT+ e atender às suas demandas."

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