O processo de escolha de diretores e vice-diretores das escolas da rede municipal de ensino de Canoas não será mais por meio de eleição. A partir do ano letivo de 2024, a escolha vai ocorrer via processo seletivo. Segundo a Secretaria de Educação do município, para o ano letivo de 2023, os atuais diretores e vices serão reconduzidos por ao cargo devido a falta de tempo hábil para ser aplicado o novo modelo de escolha.
Foto: Reprodução/PMC
Com a mudança que passa a valer em 2024, somente professores da rede municipal da cidade e que não estão período de estágio probatório poderão se candidatar para o processo seletivo.
Segundo a secretária da Educação Beth Colombo, a previsão é que até o outubro de 2023, todo o processo esteja concluído para que os novos diretores e vices assumam o cargo nas escolas da educação infantil e fundamental em 2024.
A última eleição para a direção das escolas de ensino fundamental ocorreu em 2018 e para educação infantil em 2019. Cada eleição é válida por três anos. Por causa da pandemia de Covid-19, os diretores e vices das escolas do fundamental tiveram seus mandatos prorrogados. No atual sistema de eleição, cada diretor pode concorrer até cinco vezes seguidas, ou seja, se eleito em todas, pode ficar no cargo por até 15 anos.
“Temos professores qualificados que não se candidatam para a direção da escola porque não querem concorrer via eleição, entendem que é processo que causa desgaste e pode gerar algum tipo de indisposição com os demais colegas”, ressalta a titular da pasta.
Beth defende que o novo modelo de escolha vai permitir que mais professores concorram e que todo o processo avaliativo tem como prioridade identificar perfis dinâmico de trabalho por meio das aptidões dos candidatos.
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Sindicato e modelo de escolha
O presidente do Sindicato dos Professores de Canoas (Sinprocan), Julio César Santos fala que a entidade vai protocolar ainda esta semana um pedido no gabinete da Secretaria da Educação para solicitar que seja revista a decisão de extinção das eleições para a direção das escolas.
“Concordamos com os novos critérios avaliativos, mas entendemos que eles deveriam ser utilizados como pré-requisitos para a candidatura do pleito. E por meio do voto a comunidade escolar pudesse exercer o direito de decidir quem deve assumir a gestão de cada escola”, argumenta Santos.
Santos diz que também vai solicitar uma reunião para discutir o assunto. “Queremos contribuir com sugestões e falar diretamente com a secretária Beth. Nossa única divergência é sobre a forma de escolha, consideramos o modelo é de eleição, o melhor”, aponta.
Conforme a Secretaria da Educação, o novo processo seletivo será dividido em três etapas; a primeira contempla conhecimentos específicos, habilidades e avaliação comportamental. A segunda (de caráter eliminatório), consiste em uma entrevista individual, onde os candidatos necessitam fazer uma plano de ação escolar fictício. A última etapa (de caráter classificatório) será análise de títulos.
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