Os municípios abastecidos pelo Rio dos Sinos estão em alerta. A Defesa Civil de Canoas monitora em tempo real o baixo nível das águas. Segundo o órgão, na sexta-feira (30) o rio estava 10 cm mais baixo em relação ao mesmo período do ano passado. A estiagem, o calor e o consumo de água são os principais motivos para a redução de volume.
Até o momento, Canoas não corre risco de desabastecimento de água devido a segunda fonte de fornecimento, o Arroio das Garças. “Parte da água tratada pela Corsan vem do Arroio das Garças que está com o nível normal”, explica o diretor da Defesa Civil do município Daniel Sousa.
Para monitorar o Rio dos Sinos, o órgão utiliza um linígrafo (equipamento que registra as cotas ou níveis d’água em um papel gráfico). O equipamento que registra o nível das águas, está localizado na Praia do Paquetá de Canoas.
“Temos convênio com a MetSul Meteorologia, empresa responsável pelo dispositivo. Caso ocorra alterações significativas, a população canoense será comunicada”, afirma o diretor.
Segundo Sousa, não há motivo para preocupação. “A Corsan nos repassou os números que até o momento não representam motivo para pânico para a população canoense”, ressalta.
Canoas também conta duas estações pluviométricas, uma no bairro Fátima e outra no Estância Velha. Elas são responsáveis por medir dados de precipitação, ou seja, quantidade e intensidade de chuva.
Dados da MetSul Meteorologia apontam que a previsão climática para janeiro será de mais chuva na Metade Norte do Rio Grande do Sul, em comparação a dezembro. Condição que pode melhorar o nível dos rios, já que as nascentes estão nesta região geográfica.
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Atenção redobrada
Outros municípios da região enfrentam mais dificuldades por causa do baixo nível das águas do Rio dos Sinos, São Leopoldo é um deles. A cidade passou por um desabastecimento de água no dia 24 de dezembro, fato considerado pontual pelo Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae).
A recuperação do nível do rio está lenta segundo a Defesa Civil leopoldense. A estiagem que afeta a região gera tem gerado preocupação. Os órgãos responsáveis têm orientado e alertado a população para que seja feito o consumo consciente da água.
O período de férias e calor intensifica o aumento do consumo e pode gerar desperdício. O registro mais baixo do ano de 2022 referente a parte do Rio dos Sinos que abastece São Leopoldo foi feito na véspera do Natal, a medida capturada foi de apenas 26 cm de altura.
O Semae pede para a população seguir as orientações de consumo consciente para que não falte o recurso natural essencial para vida, a água.
O reaproveitamento de água gerada pelo chuveiro e pela máquina de lavar roupas, o uso de baldes de água ao invés da mangueira na hora de lavar a calçada e o carro estão entre as dicas de uso inteligente.
Campanha de consumo consciente de água
Com o intuito de reforçar o uso consciente da água e evitar o desabastecimento, o Serviço de Água e Esgoto de Novo Hamburgo (Comusa) lançou recentemente uma campanha com o objetivo de reduzir o desperdício no município.
O nível do Rio dos Sinos, na estação de capitação da cidade é considerado normal pela Comusa. A medição registrada em 26 de dezembro, o nível do rio estava em 2,41m. O menor nível registrado pela Comusa foi no verão de 2020, quando o nível baixou até 1,70m.
Embora sem risco de desabastecimento, o órgão aponta que as ações preventivas são indispensáveis para garantir a distribuição e a qualidade da água na torneira dos hamburguenses.
Segundo a Comusa, a população pode acompanhar diariamente a medição do nível do Sinos por meio do aplicativo para smartphone de nome homônimo da companhia.
A Comusa diz que a colaboração de todos é fundamental no período mais crítico de estiagem do ano, o verão.
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