NÚMEROS DO CAGED
Canoas e Novo Hamburgo são destaques na geração de emprego em 2022
Ano passado foi positivo para os maiores municípios da região, mas houve exceções. Instabilidades no final do ano prejudicaram a economia de algumas cidades
Última atualização: 22/01/2024 14:20
Apesar da desaceleração da indústria no último trimestre, o Rio Grande do Sul fechou o ano de 2022 com saldo positivo em empregabilidade, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 1.415.627 contratações e 1.314.854 desligamentos, um saldo de 100.773 postos de trabalho. Os setores que mais empregaram no Estado foram o de serviços (saldo de 50.270) e indústria (saldo de 22.279).
Na região não foi diferente. Entre as maiores cidades, quase todas tiveram índice positivo em 2022, após dois anos de dificuldades pela pandemia, com destaque para Canoas, com 3.958 vagas, entre 47.534 admissões e 43.576 demissões, e Novo Hamburgo com 2.234 postos no ano que passou, entre 40.667 contratações e 38.433 desligamentos.
Em Canoas, o setor de serviços foi o responsável pelo bom desempenho (saldo de 2.650), seguido da construção (986). Na cidade de Novo Hamburgo, o segmento de serviços também impulsionou as contratações no ano que passou (saldo de 1.384) e depois veio a indústria, com 574 vagas a mais de emprego. "Nossa cidade ficou no top 10 da geração de empregos no Estado em 2022. Dos 12 meses, o município apresentou saldo positivo em nove", diz o diretor do Trabalho de Novo Hamburgo, Nelson Dietrich.No Vale do Paranhana, Parobé foi o maior gerador de empregos, com saldo de 671 vagas, tendo também como principais contratantes os setores de serviços (767) e indústria (518).
Já as cidades de Sapiranga e São Leopoldo amargaram índices negativos em 2022. Sapiranga perdeu no ano passado 77 vagas de emprego e São Leopoldo ficou com saldo de -70 admissões. O mês de dezembro foi o responsável por puxar o desempenho das cidades para baixo no ano. Levando em consideração apenas o último mês de 2022, Sapiranga teve saldo de -795 vagas e São Leopoldo -694.
Resultado negativo no último trimestre
Segundo a secretária de Indústria, Comércio e Tecnologia de Sapiranga, Alessandra Brando, a queda na geração de empregos se deu devido ao fechamento de três indústrias calçadistas da cidade nos últimos três meses do ano. "Estamos ativamente em contato com empresários que têm nos procurado para instalação de sua empresa. Disponibilizamos subsídios para que nossos empresários participem de feiras pelo Brasil, o que tem gerado vendas e garantia de produção, com o recrutamento de mão de obra. São algumas das ações que acreditamos que irão contornar essa situação."
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico de São Leopoldo, Juliano Maciel também avalia a queda a partir da principal indústria da cidade. "Já esperávamos este resultado, tendo em vista o cenário de instabilidade que se abateu sobre o setor da indústria de armas e munições, muito pujante aqui. A mudança no governo federal e a anunciada reanálise sobre a legislação que regra o setor fizeram com que o mercado deste segmento cortasse investimentos e, consequentemente, causasse demissões. Não somente na empresa âncora como também em toda a sua cadeia."
Dezembro de queda
Em dezembro de 2022, muitas cidades da região tiveram queda na geração de empregos. Canoas registrou o pior número com saldo de -1380 postos de trabalho. Novo Hamburgo vem logo atrás, tendo em dezembro do ano passado, 1.828 admissões e 3.008 demissões, resultando em um saldo de -1.180 postos de trabalho, resultado de 3.176 contratações e 4.556 desligamentos. O resultado de dezembro em Canoas foi puxado pelo setor de serviços, seguido da indústria. Já Novo Hamburgo, teve maior número de demissões na indústria, e logo após vem o setor de serviços.
"Dezembro foi ruim para todos, especialmente para cidades maiores e mais industrializadas. Novo Hamburgo tem indústrias, como a do calçado, que tiveram inseguranças no fim do ano com crises na América do Norte e Europa. É um reflexo também do último trimestre do ano, se instalou certa insegurança política a nível Brasil", avalia Dietrich Junior.
Parobé foi exceção e destaque positivo no recorte de dezembro. O município teve saldo positivo de 86 vagas, com 707 admissões contra 621 demissões. "Estes números demostram que estamos no caminho certo", destaca o prefeito Diego Picucha.
Apesar da desaceleração da indústria no último trimestre, o Rio Grande do Sul fechou o ano de 2022 com saldo positivo em empregabilidade, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 1.415.627 contratações e 1.314.854 desligamentos, um saldo de 100.773 postos de trabalho. Os setores que mais empregaram no Estado foram o de serviços (saldo de 50.270) e indústria (saldo de 22.279).
Na região não foi diferente. Entre as maiores cidades, quase todas tiveram índice positivo em 2022, após dois anos de dificuldades pela pandemia, com destaque para Canoas, com 3.958 vagas, entre 47.534 admissões e 43.576 demissões, e Novo Hamburgo com 2.234 postos no ano que passou, entre 40.667 contratações e 38.433 desligamentos.
Em Canoas, o setor de serviços foi o responsável pelo bom desempenho (saldo de 2.650), seguido da construção (986). Na cidade de Novo Hamburgo, o segmento de serviços também impulsionou as contratações no ano que passou (saldo de 1.384) e depois veio a indústria, com 574 vagas a mais de emprego. "Nossa cidade ficou no top 10 da geração de empregos no Estado em 2022. Dos 12 meses, o município apresentou saldo positivo em nove", diz o diretor do Trabalho de Novo Hamburgo, Nelson Dietrich.No Vale do Paranhana, Parobé foi o maior gerador de empregos, com saldo de 671 vagas, tendo também como principais contratantes os setores de serviços (767) e indústria (518).
Já as cidades de Sapiranga e São Leopoldo amargaram índices negativos em 2022. Sapiranga perdeu no ano passado 77 vagas de emprego e São Leopoldo ficou com saldo de -70 admissões. O mês de dezembro foi o responsável por puxar o desempenho das cidades para baixo no ano. Levando em consideração apenas o último mês de 2022, Sapiranga teve saldo de -795 vagas e São Leopoldo -694.
Resultado negativo no último trimestre
Segundo a secretária de Indústria, Comércio e Tecnologia de Sapiranga, Alessandra Brando, a queda na geração de empregos se deu devido ao fechamento de três indústrias calçadistas da cidade nos últimos três meses do ano. "Estamos ativamente em contato com empresários que têm nos procurado para instalação de sua empresa. Disponibilizamos subsídios para que nossos empresários participem de feiras pelo Brasil, o que tem gerado vendas e garantia de produção, com o recrutamento de mão de obra. São algumas das ações que acreditamos que irão contornar essa situação."
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico de São Leopoldo, Juliano Maciel também avalia a queda a partir da principal indústria da cidade. "Já esperávamos este resultado, tendo em vista o cenário de instabilidade que se abateu sobre o setor da indústria de armas e munições, muito pujante aqui. A mudança no governo federal e a anunciada reanálise sobre a legislação que regra o setor fizeram com que o mercado deste segmento cortasse investimentos e, consequentemente, causasse demissões. Não somente na empresa âncora como também em toda a sua cadeia."
Dezembro de queda
Em dezembro de 2022, muitas cidades da região tiveram queda na geração de empregos. Canoas registrou o pior número com saldo de -1380 postos de trabalho. Novo Hamburgo vem logo atrás, tendo em dezembro do ano passado, 1.828 admissões e 3.008 demissões, resultando em um saldo de -1.180 postos de trabalho, resultado de 3.176 contratações e 4.556 desligamentos. O resultado de dezembro em Canoas foi puxado pelo setor de serviços, seguido da indústria. Já Novo Hamburgo, teve maior número de demissões na indústria, e logo após vem o setor de serviços.
"Dezembro foi ruim para todos, especialmente para cidades maiores e mais industrializadas. Novo Hamburgo tem indústrias, como a do calçado, que tiveram inseguranças no fim do ano com crises na América do Norte e Europa. É um reflexo também do último trimestre do ano, se instalou certa insegurança política a nível Brasil", avalia Dietrich Junior.
Parobé foi exceção e destaque positivo no recorte de dezembro. O município teve saldo positivo de 86 vagas, com 707 admissões contra 621 demissões. "Estes números demostram que estamos no caminho certo", destaca o prefeito Diego Picucha.