Os Touros Vermelhos estão no playoff do Campeonato Brasileiro, Série D2. Isso não é novidade, uma vez que os canoenses venceram no último final de semana e avançaram na 1ª colocação do Grupo A. Outra situação que é falada há tempos, segue como prioridade na equipe: a necessidade de apoio. “Somos chamados de Canoas. Em 2022 terminamos na 8ª posição do ranking nacional, estamos levando o nome da cidade para todo o país”, afirma o atleta Winston Ponce, que ajudou a fundar o time.
Ponce não está sozinho nessa luta, que chama de paixão pelo esporte. Cerca de 50 jogadores fazem parte da família Canoas Bulls. “Ninguém ganha dinheiro no Futebol Americano. No Brasil o esporte ainda é amador, jogamos por amor”, diz o “atacante” Lucas Fidelis, 32 anos.
Fidelis chegou recentemente ao Bulls e pratica o esporte há sete anos. “Comecei em Santa Catarina, estava treinando na academia e me convidaram”, diz o jogador ofensivo, de 1 metro e 94 centímetros. No que se refere ao apoio, ele diz que ainda é pequeno. “Temos alguns patrocinadores, mas acho que as empresas podem abrir mais a mente para ajudar o esporte a crescer. Falta um pouco de conhecimento e vontade. O futebol americano é agressivo, mas não violento.”
Questionado sobre qual dica daria para quem quer começar a jogar, ele diz que primeiro é necessário conhecer o desporto. “Ter cabeça aberta também. Alguns chegam querendo entrar no time sem treinar. Tem que esperar o seu tempo.” Em relação ao Bulls, Fidelis elogia a equipe. “Estamos crescendo e temos ainda muito para crescer. Ajuda na divulgação da cidade, podemos colher grandes frutos.”
“Futebol Americano não combina com timidez”
Outro que chegou há pouco tempo nos Touros, foi o treinador de ataque, Sandro Cox, 51 anos. Carioca, ele já trabalhou no Mustangs, de São Leopoldo, mas sua atuação mais conhecida foi no Rio de Janeiro, com o Fluminense Guerreiros. “Infelizmente a equipe acabou.”
O treinador explica que está se mudando para Canoas e logo conheceu o Bulls. “Não consigo ficar muito longe do futebol americano, é um vício.” Cox afirma que entre os tempos de atleta e técnico, está há mais de 10 anos no esporte. “Muito mais.” O novo comandante elogiou e se disse entusiasmado pela paixão da equipe. “É um timaço, com um potencial absurdo. O clube pode fazer coisas muito relevantes. E não estou dizendo só de ganhar campeonatos. Por que não criar uma equipe de base? O futebol americano não combina com timidez. É pé na porta e barulho.”
Adversário indefinido e disputa em casa
Já pensando no próximo adversário, ainda indefinido, o time está evoluindo. “A evolução desde o final do Gauchão até agora, é muito grande”, reitera o coordenador de ataque, Douglas Martins, 29 anos.
O adversário no playoff será o Paraná Clube ou o Ipatinga Tigers, a decisão ainda depende da Confederação Brasileira. “Independente de quem for, sabemos que a partida será em Canoas. Provavelmente vamos atuar mais uma vez no Centro Olímpico no dia 12 de novembro, só estamos aguardando a confirmação”, diz Ponce, que faz contatos com a Prefeitura, apoiadora da equipe.
Ele reitera que mesmo jogando em casa, o time precisa do apoio dos empresários locais. “É um esporte muito caro. Todos os equipamentos necessários, quando viajamos também. Queremos levar o nome de Canoas cada vez mais longe.” Os interessados em apoiar ou patrocinar os touros podem entrar em contato pelo telefone 51-99169-0868. “
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