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Canela aguarda decisão do governo do Estado para definir futuro do Parque do Palácio

Ainda sem resposta, Executivo encaminhou ofício em 2023 para que gravame que obriga construção de centro de eventos seja revogado; entenda

Publicado em: 14/02/2024 09:53
Última atualização: 14/02/2024 09:54

O futuro do Parque do Palácio, em Canela, ainda segue indefinido. Nos últimos anos, são inúmeras as polêmicas envolvendo o espaço. Mesmo o local pertencendo ao governo do Estado, parte dele foi cedido para Canela, com a condição de que um centro de eventos fosse construído até janeiro de 2025. O empreendimento, inclusive, é um desejo pessoal do prefeito da cidade, Constantino Orsolin.

Parque do Palácio, em Canela Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
Quando o projeto foi apresentado, vereadores e membros da comunidade – organizados através do grupo Amigos do Parque do Palácio – mostraram-se contrários. Com muitas idas e vindas, o projeto foi arquivado na Câmara. “Isso para mim é abuso de poder”, relata Constantino ao falar sobre a decisão.

Foi então que, em agosto de 2023, a Prefeitura encaminhou um ofício à Casa Civil, solicitando a retirada do gravame para que o Município não perdesse a área que foi cedida. O prefeito diz, contudo, que ainda não teve resposta do governo estadual.

Prefeito de Canela, Constantino Orsolin Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
“Demoraram dois meses para dar o número do protocolo. Tinha ficado combinado que, até metade de novembro, nós seríamos chamados para construir uma saída em conjunto e até agora nada. Nós pedimos a retirada do gravame para não perder os 9,1 hectares e o município de Canela vai perder. Não quero ser acusado de perder aquela maravilha que é o Parque do Palácio. Se em janeiro não tiver o centro de convenções, a área volta para o Estado”, descreve o prefeito, dizendo que acredita que esse seja o desejo do governo estadual.

De acordo com o chefe do Executivo canelense, novos documentos solicitando respostas do Estado estão sendo encaminhados.

O subchefe para Assuntos do Interior da Casa Civil, Gilberto Cezar, que era vice-prefeito de Canela, comenta que o ofício passa por análise jurídica. “Em verdade, o parque foi abandonado pela Prefeitura, depois esteve em situação de divergências dentro da própria comunidade. O prefeito fez este ofício a toque de caixa e jogou dentro da Casa Civil, fica fazendo lives e entrevistas coletivas falando sobre isso para não falar sobre operações policiais que têm tomado Canela”, argumenta Gilberto, ressaltando que verificará mais detalhes sobre a tramitação do pedido.

Ainda envolvendo o Parque do Palácio, a Prefeitura de Canela encaminhou uma proposta ao Estado para conseguir mais uma parte do atrativo. O intuito é permutar o terreno em que está a escola estadual Neusa Mari Pacheco e o do novo quartel do Corpo de Bombeiros, que são do Município, por mais 29 mil metros quadrados de área dentro do parque. 

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