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SEGURANÇA

Canais de denúncia são divulgados após supostas ameaças de ataques a escolas no RS

Secretarias Estaduais e MPRS se reuniram nesta segunda-feira para debater a proteção do ambiente escolar. Escola estadual de Novo Hamburgo contratou segurança

Débora Ertel
Publicado em: 11/04/2023 às 09h:29 Última atualização: 04/03/2024 às 10h:21
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As secretarias Estaduais da Segurança Pública (SSP) e Educação (Seduc) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), tiveram reunião na segunda-feira (10) sobre a segurança no ambiente escolar e supostas ameaças que circulam nas redes sociais. Desde a semana passada, o Departamento de Inteligência da Segurança Pública (DISP) e as agências de inteligência das forças de segurança do RS monitoram o tema. As aulas ocorrem normalmente em todo Estado.

A SSP reforça que denúncias podem ser feitas pelos canais da Brigada Militar (telefone 190) da Polícia Civil (197), e o Disque-Denúncia (181).

Escola Estadual Otávio Rosa contratou segurança particular



Escola Estadual Otávio Rosa contratou segurança particular

Foto: Débora Ertel/GES-Especial

O comando da Brigada Militar e a chefia da Polícia Civil também participaram do encontro. Em função dos boatos, a BM reforçou o patrulhamento em áreas estratégicas. A Seduc ressaltou que “tem monitorado intensivamente, a partir do diálogo com os órgãos de segurança, todas as suspeitas e boatos em circulação”. A pasta ressaltou que não há qualquer alteração na rotina de aulas, e tranquilizou pais e professores para que sigam mantendo as atividades dos alunos normalmente. A Seduc pontuou que trabalha a prevenção da violência por meio de programas como o Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar.

Escola de Novo Hamburgo contrata segurança

Sem anúncios do governo do Estado de medidas específicas de segurança no acesso às escolas da rede estadual, o Conselho de Pais e Mestres (CPM) e direção da Escola Estadual Otávio Rosa, no bairro Pátria Nova, decidiram agir por conta própria.

Com antecedentes de supostas ameaças, os pais ficaram apreensivos depois do que aconteceu em Santa Catarina. “Então decidi que precisava fazer alguma coisa porque do contrário os pais não iam mandar os filhos para a escola”, conta a diretora Andreia Luciana Pereira.

Assim, ela fez três orçamentos com empresa de segurança e durante o feriado de Páscoa, enviou a melhor proposta para os pais pelos grupos de WhatsApp, para questionar se estavam de acordo. Como o caixa do CPM não tinha recursos suficientes, a conta precisaria ser dividida com as famílias dos 504 estudantes. “Os pais ficaram contentes e a maioria concordou”, disse Andreia.

Outro acordo

Além disso, foi acordado que todos os alunos devem usar o uniforme e os pais deixam os filhos no portão. Pessoas diferentes precisam se identificar com documentação para entrar na escola.

Na quarta-feira (12), será realizada uma reunião com a BM nas dependências do colégio para orientações. De acordo com ela, a 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) foi comunicada da decisão e não questionou a contratação, pois o CPM é uma instituição autônoma. “Os alunos estão se sentindo mais seguros. Teve até pai que passou buzinando aqui na frente hoje”, conta. Ela comenta ainda que outras escolas estaduais já fizeram contato com a Otávio Rosa, pois também tem interesse de adotar a medida. No entanto, Andreia destaca que essa iniciativa deveria partir do governo, responsável pela segurança pública. “Eu fiz o que precisava ser feito para acalmar a comunidade”, finaliza.

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