Campo Bom - 65 anos
Campo Bom se consolida como polo esportivo e de entretenimento
Futsal, vôlei, basquete, handebol e câmbio são algumas das atividades com áreas próprias
Última atualização: 31/01/2024 16:36
Em Campo Bom o interesse em proporcionar locais esportivos e de lazer à população é posto em prática com a diversidade de atividades oferecidas. Somente em 2023, a Secretaria de Esporte e Lazer (Smel), realizou mais de 60 eventos esportivos. Além das ações e projetos, há vários espaços revitalizados e novos, como as pistas de atletismo e de skate, essa contendo também uma pista que pode ser utilizada para o bicicross.
Para o prefeito Luciano Orsi, a motivação para investir em melhorias vem da apropriação que os campo-bonenses fazem dos espaços, seja para se exercitar ou para entretenimento e lazer. “A população exige muito da gestão pública de maneira geral, mas se apropria e também aproveita muito os espaços. Assim fazemos um elo muito importante entre gestão pública e comunidade. Conseguimos avançar cada vez mais com a participação e a força do trabalho e empresarial que temos aqui”, afirma.
Dos locais disponíveis para as atividades, Orsi destaca o Complexo Cultural de Educação Integrada (CEI) e o Ginásio Municipal, ambos totalmente reformados, com medidas oficiais para qualquer tipo de competição em quadra. Ele ainda lembra que os 22 quilômetros da ciclovia são bem iluminados, podendo ser utilizada como pista de ciclismo ou caminhada, inclusive à noite: “Temos também o Largo Irmãos Vetter, a Praça João Blos, o Parcão antigo com o espaço Mate Amargo, além do novo Parcão, que terá um chimarródromo, pergolados, bancos com cobertura, entre outras atrações."
Infraestrutura diversificada e de alta qualidade
Segundo o secretário de Esporte e Lazer, Eduardo Assmann, Campo Bom proporciona um ambiente bem estruturado para diversas modalidades esportivas, como futsal, vôlei, basquete e handebol. Os ginásios também têm sido palco de eventos estaduais e nacionais, como o Campeonato Estadual de Handebol e o Campeonato das Seleções de Handebol do Brasil, destacando a cidade como um polo esportivo de referência. Ainda há 12 campos de futebol, que são cedidos para utilização dos clubes, organização de campeonatos e para uso dos estudantes do Programa Acolher. “Muitos alunos participam do programa e ocupam quase a semana toda nos dois ginásios.”
Na cidade existem 30 quadras de areia, com iluminação LED para aproveitamento do público até tarde, quadras de bocha reformadas para a população de mais idade, e o CEI realiza um programa integrado para a terceira idade, com câmbio, hidroginástica e caminhada.
Assmann destaca que, neste ano, a Associação Esportiva Campo Bom (AECB) disputa, pela primeira vez, a Liga Nacional de Handebol. Mais de cem crianças participam do projeto. A cidade também é sede da Copa Pequeno Gigante, que reúne aproximadamente cem equipes de três Estados, movimentando as quadras, mas também a economia local com a presença de pais e atletas.
Esporte é sinônimo de saúde
Assmann adianta que o novo Parcão terá a primeira quadra pública de futebol sete com grama sintética e outras para tênis e padel, oferecendo à comunidade um local moderno e acessível para lazer e práticas esportivas com qualidade e conforto. Os próximos projetos incluem a reforma de três quadras de salão no Parcão, visando a manter as instalações esportivas preservadas para as gerações futuras.
Conforme o secretário, a adoção da população pelos espaços variados evidencia a importância do esporte como meio de promover saúde e bem-estar. “Esporte, na verdade, é saúde, e quanto mais prática, menos pessoas teremos na fila de postos de saúde”, afirma.
A partir de suas iniciativas, Campo Bom tornou-se referência no esporte, atraindo a atenção de outros municípios. O sucesso de seus campeonatos e a eficiência na organização servem como inspiração para quem busca promover o esporte como um pilar fundamental para o desenvolvimento da comunidade, diz ele.
Para conhecer e desfrutar
Ciclovia – Campo Bom foi pioneira na implantação de ciclovia na América Latina, em 1977. Utilizada também pelos pedestres, é ponto de convívio tranquilo com os ciclistas.
Novo Parcão – Em fase de conclusão, o local terá 17,5 mil m² com tabuleiros de xadrez gigantes, chafariz, quadras variadas, playground infantil, fonte luminosa e espaço em meio à natureza.
Programa Acolher – Criado pela Smel, o projeto envolve alunos da rede municipal em atividades esportivas gratuitas no contraturno escolar, como o hóquei indoor. Os treinos ocorrem no ginásio da Escola Adriano Dias. Em 2023, Campo Bom sediou o Campeonato Brasileiro na modalidade, no ginásio do CEI.
Patinação e judô – Integram o Programa Esportivo Social, oferecido às crianças gratuitamente, com aulas no Ginásio Municipal.
Futsal – Organizado pela prefeitura, é um dos maiores campeonatos da região, com quatro divisões, preenchido totalmente por atletas amadores da cidade. No Programa Acolher, também há futsal, com atividades no Ginásio Municipal e em algumas escolas.
Bicicross – A pista de Campo Bom sedia várias etapas de campeonatos regionais e estaduais. A Liga de Bicicross realiza diferentes ações com os praticantes.
Áreas de esporte e lazer moldam o bem-estar
Já é comprovado cientificamente que movimentar o corpo é um dos segredos para a longevidade. Os moradores de Campo Bom têm levado a sério essa afirmação, usufruindo dos espaços disponíveis para a prática esportiva. Situada no Vale do Rio dos Sinos, Campo Bom tem uma área de 60.579 km2, segundo dados de 2022 do IBGE.
Reconhecido como o Pequeno Gigante do Vale, o município completa 65 anos hoje (31), e faz limite com as cidades de Novo Hamburgo, Dois Irmãos, Sapiranga, tendo acesso facilitado. Com várias possibilidades de lugares para se exercitar ou relaxar, Campo Bom é referência pelo cenário esportivo e oferta de diversas modalidades para o exercício físico. Entre os locais para pôr o corpo em movimento ou até ter um momento de lazer em um final de tarde destaca-se o Parque da Integração Arno Kunz, o Parcão.
Com a revitalização da pista de atletismo, a cidade é uma das poucas do Brasil a ter uma pista pública com padrão internacional. O espaço recebeu piso emborrachado, iluminação de LED e caixa de areia para saltos, tornando-se ponto de encontro das famílias campo-bonenses para o lazer, de atletas amadores e de alto rendimento, e até visitantes de outras cidades.
Foco no treino
Praticante de natação por dez anos, há um ano e meio o funcionário público André Rodrigues, 39, corre uma vez por semana. Prepara-se assim para teste de aptidão física que fará em abril. “Melhorou minha disposição no trabalho e até o raciocínio.”
Terapia ao ar livre
Professora na Associação de Dança de Campo Bom, Rosane Schumann e suas alunas têm ocupado o espaço uma vez por semana para alongamento, dança e caminhada na pista de atletismo. “O grupo com cerca de 20 mulheres tem encontros periódicos que vão além da dança, promovendo bem-estar físico e mental, e o vínculo afetivo. Criamos amizade e a necessidade de nos ver”, relata. “É terapia no Parcão.”
Ela e as alunas aos poucos chegam com cadeiras e chimarrão. Conversam e se exercitam ao ar livre. Integrante do grupo, a diarista e cuidadora Elisabete Rodrigues Machado faz pilates, musculação e dança. “Tudo melhorou, corpo e mente.”
Ganho em qualidade de vida
Há pouco mais de um mês, a supervisora de vendas Ritiele de Carvalho, 28, o marido, o motorista Yago Clair Ronei da Silva, 34, e a filha Mirella, 3, mudaram-se de Novo Hamburgo para Campo Bom. Conforme Ritiele, foi uma significativa mudança para melhor. “Já trabalho na cidade há dez anos e aqui tem muitas coisas para fazer, muitas praças e quadras para ir, é outra vida”, declara Ritiele.
Além dos espaços para se exercitar, ela ainda destaca que há opções de lazer para a pequena. “Todos os dias viemos ao Parcão para fazer caminhadas. Eu e meu marido nos revezamos em quem fica com ela enquanto brinca”, comenta. “Sempre quis fazer atividade física, mas onde morava não tinha opção, e desde que viemos morar em Campo Bom iniciamos as caminhadas. Caminho cerca de 1h30 ou 5,5 quilômetros. Já emagreci cinco quilos em 32 dias, hoje tenho um outro ritmo de vida.”
Treino na parceria da amizade
Para algumas pessoas, a atividade física se torna mais atraente quando feita na companhia de alguém. É com essa ideia que as colegas de trabalho Geielle da Silva Américo Moreira, 34, e Eliane da Silva Marques, 33, iniciaram as caminhadas na pista de atletismo do Parcão. “Decidimos caminhar pensando na nossa saúde, também para perder peso e movimentar o corpo”, relata a auxiliar de produção Geielle.
Ainda em início da atividade, segundo ela, o propósito é caminhar na pista por 15 voltas. Já a responsável das amostras Eliane diz que as amigas pretendem ir além da caminhada. “Queríamos sair do sedentarismo, e depois queremos ir para a corrida. No primeiro dia de caminhada, na quinta volta, já estava ofegante e agora já não sinto tanto”, complementa.
Passeio em família
De Campo Bom, o casal Adeildo dos Santos, 51, e Druziana dos Santos, 49, ocupam os espaços do Parcão com variadas motivações. Ele é motorista de aplicativo e quase não tem tempo para se exercitar como fazia. Então aproveita o local como fonte de lazer, para sentar e tomar chimarrão. “Hoje venho um pouco menos, antes corria um pouco, sinto falta”, relata.
Druziana é fiscal de loja e quase todos os dias vai ao Parcão: “Há uns dois anos, vou na academia, faço musculação, mas há cerca de seis meses faço com mais frequência.” Para ela, o melhor horário para fazer sua atividade de caminhada é no final da tarde, com o tempo mais fresquinho. “O esporte e a atividade física têm uma importância bem significativa para mim, não só pela estética do corpo, mas também pela saúde. O dia que eu não consigo vir caminhar, preciso fazer alongamento em casa para dormir melhor”, observa. Adeildo e Druziana aproveitam o Parcão para também estreitar o convívio com os sobrinhos Mateus Oben, 8, e Sara Santos, 17.
Uma rotina que é um vício do bem
Feito de forma individual, em dupla, trio ou coletivamente, os esportes e atividades são importantes para manter corpo e mente saudáveis, tornando-se parte da rotina. Para quem está habituado com a prática regular, garante que sente falta quando, por algum motivo não pode praticar. É o caso de Victor Fernando Souza, 51. “Corro há muitos anos, joguei futebol, e hoje corro três vezes na semana na ciclovia ou na pista de atletismo. São 6,3 ou 6,4 quilômetros por dia”, relata. Para ele, o esporte é fundamental para se manter sadio.