SAPIRANGA
Camping onde homem morreu e quatro pessoas ficaram feridas não era regularizado, diz prefeitura
Gilmar Dias, de 50 anos, morreu após a queda de uma ponte pênsil na manhã de domingo; sobreviventes já tiveram alta hospitalar
Última atualização: 24/01/2024 15:08
O que era para ser uma passeio e dia de lazer terminou em tragédia para uma família na manhã do último domingo (12). Gilmar Dias, de 50 anos, morreu após a queda de uma ponte pênsil no camping Paraíso Verde, na localidade de Picada Verão, em Sapiranga. Ele e outros quatro familiares, que ficaram feridos, atravessavam a passarela quando a estrutura despencou. De acordo com a prefeitura, o estabelecimento não possui autorização municipal para funcionar.
O Executivo afirma que realiza fiscalizações periodicamente, conforme a abertura desses espaços e reforça que o Paraíso Verde não possui regularidade. De acordo com a prefeitura, a cidade "possui uma área rural extensa e muitas propriedades acabam abrindo para visitação por conta própria".
O local onde o acidente aconteceu foi interditado pela Polícia Civil e não poderá ser reaberto durante a investigação. Entretanto a prefeitura explica que em situações em que um lugar não tem autorização para funcionamento, é dado um prazo para que seja feira a regularização. Somente após esse prazo é que ocorre a interdição pela fiscalização.
A delegacia do município investiga o caso como homicídio culposo (quando não há intenção de matar). "São várias alturas, o terreno é irregular, entre 6 e 8 metros. A ponte tem cerca de 20 metros de extensão", afirma o delegado Clóvis Nei da Silva.
A perícia apura as circunstâncias da queda da ponte e causa da morte de Dias. De acordo com o Instituto-Geral de Perícia (IGP), os laudos devem ficar prontos entre 30 e 60 dias. No entanto, os peritos adiantaram que no local não havia sinalização indicando o peso máximo que a passarela suportava.
Os sobreviventes, duas mulheres de 19 e 21 anos, e dois homens, de 23 e 27, tiveram alta do Hospital Sapiranga no final da tarde de domingo. Eles serão ouvidos pela investigação nos próximos dias.
De acordo com o delegado, testemunhas, funcionários e responsáveis pelo estabelecimento também prestarão depoimentos. A reportagem entrou em contato com o camping Paraíso Verde, que não se pronunciou sobre as questões de regularidade e funcionamento do local. O espaço segue aberto para manifestação.
Pelas redes sociais, ainda no domingo, o estabelecimento lamentou o ocorrido, se solidarizou com os familiares das vítimas e afirmou que estão colaborando com as autoridades. Confira a nota na íntegra:
“Nota a comunidade
O Camping Paraíso Verde, vem a público comunicar em relação ao trágico acidente no dia de hoje.
Que está tomando todas as medidas cabíveis para elucidar as causas e reparar as suas consequências.
Estamos colaborando com as autoridades competentes e não medindo esforços para com os familiares das vítimas.
Estamos todos enlutados e chocados com o ocorrido.
Que deus abençoe todos os atingidos pelo evento e os conforte.
Equipe Camping Paraíso Verde.
12 de fevereiro de 2023.”
*Colaborou Kassiane Michel.
O que era para ser uma passeio e dia de lazer terminou em tragédia para uma família na manhã do último domingo (12). Gilmar Dias, de 50 anos, morreu após a queda de uma ponte pênsil no camping Paraíso Verde, na localidade de Picada Verão, em Sapiranga. Ele e outros quatro familiares, que ficaram feridos, atravessavam a passarela quando a estrutura despencou. De acordo com a prefeitura, o estabelecimento não possui autorização municipal para funcionar.
O Executivo afirma que realiza fiscalizações periodicamente, conforme a abertura desses espaços e reforça que o Paraíso Verde não possui regularidade. De acordo com a prefeitura, a cidade "possui uma área rural extensa e muitas propriedades acabam abrindo para visitação por conta própria".
O local onde o acidente aconteceu foi interditado pela Polícia Civil e não poderá ser reaberto durante a investigação. Entretanto a prefeitura explica que em situações em que um lugar não tem autorização para funcionamento, é dado um prazo para que seja feira a regularização. Somente após esse prazo é que ocorre a interdição pela fiscalização.
A delegacia do município investiga o caso como homicídio culposo (quando não há intenção de matar). "São várias alturas, o terreno é irregular, entre 6 e 8 metros. A ponte tem cerca de 20 metros de extensão", afirma o delegado Clóvis Nei da Silva.
A perícia apura as circunstâncias da queda da ponte e causa da morte de Dias. De acordo com o Instituto-Geral de Perícia (IGP), os laudos devem ficar prontos entre 30 e 60 dias. No entanto, os peritos adiantaram que no local não havia sinalização indicando o peso máximo que a passarela suportava.
Os sobreviventes, duas mulheres de 19 e 21 anos, e dois homens, de 23 e 27, tiveram alta do Hospital Sapiranga no final da tarde de domingo. Eles serão ouvidos pela investigação nos próximos dias.
De acordo com o delegado, testemunhas, funcionários e responsáveis pelo estabelecimento também prestarão depoimentos. A reportagem entrou em contato com o camping Paraíso Verde, que não se pronunciou sobre as questões de regularidade e funcionamento do local. O espaço segue aberto para manifestação.
Pelas redes sociais, ainda no domingo, o estabelecimento lamentou o ocorrido, se solidarizou com os familiares das vítimas e afirmou que estão colaborando com as autoridades. Confira a nota na íntegra:
“Nota a comunidade
O Camping Paraíso Verde, vem a público comunicar em relação ao trágico acidente no dia de hoje.
Que está tomando todas as medidas cabíveis para elucidar as causas e reparar as suas consequências.
Estamos colaborando com as autoridades competentes e não medindo esforços para com os familiares das vítimas.
Estamos todos enlutados e chocados com o ocorrido.
Que deus abençoe todos os atingidos pelo evento e os conforte.
Equipe Camping Paraíso Verde.
12 de fevereiro de 2023.”
*Colaborou Kassiane Michel.