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TRAVESSIAS

Campanha busca arrecadar recursos para construir pontes provisórias sobre o Rio Caí

Iniciativa, denominada #ReConstruindo Conexões prevê obter até R$ 1,2 milhão, que serão destinados ao pagamento das estruturas temporárias

Fernanda Steigleder Fauth
Publicado em: 05/08/2024 às 13h:58 Última atualização: 05/08/2024 às 15h:42
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Uma campanha comunitária foi lançada na última semana com o objetivo de arrecadar valores que serão destinados à construção de duas pontes provisórias sobre o Rio Caí, uma entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul, e outra em Feliz. A iniciativa, denominada #ReConstruindo Conexões, prevê obter até R$ 1,2 milhão, que serão destinados ao pagamento das estruturas temporárias.

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Ponte provisória ia liberar o fluxo de veículos na BR-116, entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul



Ponte provisória ia liberar o fluxo de veículos na BR-116, entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul

Foto: Marcio Ferreita/MT/Divulgação

Serão duas passagens baixas erguidas, uma em Vila Cristina e outra em Feliz, com o objetivo principal de reconectar cidades. A ideia é que a estrutura seja parecida com a que existe atualmente na Ponte do Bananal e que é uma das vias principais utilizadas hoje entre Nova Petrópolis e Caxias.

A ponte que fará a ligação entre NP e Caxias deve ter as obras iniciadas no meio desta semana. Ela ficará próxima à passadeira do Exército Brasileiro, aonde é construída a nova ponte sobre o Rio Caí, na BR-116, que tem previsão de conclusão no início de 2025. Já a segunda ficará na área urbana de Feliz e a estrutura começou a ser erguida na sexta-feira (2). 

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Assim, fluxo emergencial de veículos e caminhões poderão transitar por esses corredores. “Mesmo cientes dos riscos de cheias e da possibilidade dessas passadeiras serem temporariamente cobertas pelas águas, acreditamos que é uma solução rápida e urgente, até que as pontes fixas estejam prontas”, afirma a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Nova Petrópolis.

O trânsito entre as cidades da Região das Hortênsias e da Uva e Vinho foi comprometido após as intensas chuvas entre o final de abril e maio, que ocasionaram quedas de barreiras, erosão do solo e consequentes bloqueios totais em rodovias.

Uma ponte provisória chegou a ter sua construção iniciada e beneficiaria os moradores que precisam se deslocar entre os municípios. Contudo, novo episódio de chuva forte em junho levou parte das cabeceiras da estrutura e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou em julho o cancelamento da obra.

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A proposta é oriunda de conversas entre comunidade, prefeituras e entidades. O prazo de conclusão da obra é para a primeira semana de setembro. 

A comunidade pode ajudar a campanha com doações através do Pix contato@cdlnovapetropolis.com.br.

As dificuldades do dia a dia

Sem a ponte da BR-116, principal caminho entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul, o trajeto que levava menos de meia hora mais do que dobrou o tempo. O corredor humanitário deve reestabelecer o acesso de forma mais breve possível e beneficiar moradores, empresas e turismo. “Isso vai abranger saúde, educação, agricultura, indústria, comércio e o turismo de toda região”, reitera um dos coordenadores e membro da CDL, Clóvis Schumann. 

Jéssica Maahs mora na Região das Hortênsias, mas trabalha na cidade vizinha. Ela relata as dificuldades que os bloqueios geram na rotina e em seus trabalhos. “Pela BR-116 o percurso levava 20 minutos. Com as quedas das barreiras e a instalação do semáforo, aumentou um pouco. Mas hoje em dia [sem a ponte] demora 1h20. E se fechar a Ponte do Bananal com a chuva, o único trajeto que podemos fazer é por Bom Princípio. Aí de um trajeto de 20 minutos vai levar 2 horas, é muito longe, muito ruim”, explica.

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Com as alterações em estradas, precisou adaptar a sua vida. “Eu preciso me deslocar até Vila Cristina. Com a queda da ponte, suspenderam todas as linhas de ônibus. Agora dependo de carona, não tenho carro próprio para ir para o trabalho”, explica. 

Como solução temporária, a sogra, que mora em Vila Cristina, hospeda Jéssica ao longo da semana. “Só consigo ir para casa sábado à tarde, e segunda volto pela manhã para trabalhar”, lamenta. 

A moradora de Nova Petrópolis trabalha em uma loja de construção. Na empresa, já percebe a diminuição nas vendas. “50% dos nossos clientes ficavam do outro lado da ponte, e agora não conseguimos chegar nessas localidades. Isso prejudicou muito a loja, caíram muito as vendas, porque perdemos aqueles clientes”, finaliza. 

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