REGIÃO
Câmara de Vereadores de São Leopoldo pode se mudar para o bairro Cristo Rei
Estão avançadas as negociações para prédio na Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, próximo ao cemitério
Última atualização: 26/03/2024 19:57
A discussão é antiga, mas parece que agora vai realmente se concretizar. Desde 2016 a Câmara de São Leopoldo trata do futuro de sua sede, uma vez que o prédio que abriga o Poder Legislativo hoje é de propriedade do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Servidores Municipais (Iaps), e já não tem mais condições físicas para o pleno funcionamento do órgão.
Entre vários imóveis visitados pela Mesa Diretora e parlamentares desde o início do ano, avançam as negociações para a mudança para a Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, no bairro Cristo Rei, próximo ao cemitério.
Segundo o presidente da Câmara, vereador Marcelo Pereira Antonio, o Dentinho, ainda não está totalmente definida da mudança para lá, pois ainda estão finalizando o contrato de aluguel. Hoje o Legislativo paga quase R$ 40 mil mensal ao Iaps e deve desembolsar cerca de R$ 35 mil pelo aluguel do imóvel, uma economia de mais de R$ 4 mil ao mês por um local com capacidade para abrigar o plenário, os gabinetes e setores administrativo.
A área também tem espaço para estacionamento. A intenção é fazer um contrato por dez anos, com atualização anual dos valores. "Ressalto ainda que o prédio estará 100% adaptado pelo PPCI (Plano de Prevenção e Combate a Incêndio) e para acessibilidade, coisas que o prédio atual não possui."
Inviável
Em 2021, a então presidente Ana Affonso chegou a anunciar a mudança do Legislativo para um prédio novo, que seria erguido junto da nova Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Comunitária (Semusp) e estação rodoviária. Entretanto, como mudou a gestão da Casa duas vezes, a proposta não avançou. Dentinho explica que esse projeto "não será viável".
Prédio atual não comporta mais
Diretor da Câmara de São Leopoldo, Leandro Lemes explica que desde o começo da gestão do Dentinho procuram solução para a Câmara. “Aqui não tem mais condições de permanecer. A casa não tem PCCI. A casa minimamente tem uma rampa nos fundos que leva ao plenário, mas não tem acessibilidade para os outros andares. Não tem elevador. A casa está com risco grave, problemas estruturais, como cupim”, relata.
Lemes acrescenta que o prédio atual também é difícil de ser reformado, por ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). “A casa não comporta mais a estrutura da Câmara. Não estamos falando nem de estrutural, mas pelo tamanho. Tem setores em que servidores trabalham há anos dentro de uma sala que não tem uma janela, sem luz natural”, acrescenta.
Desistiram de imóvel no Centro
Um dos imóveis pesquisados fica na esquina das Ruas Saldanha e Brasil, no Centro, perto da Prefeitura. Os parlamentares chegaram a conhecer o espaço de 1.774,06 m² e três pavimentos, mas as negociações com o proprietário não prosseguiram em função do preço, tanto para aluguel, quanto para a compra. “No decorrer da negociação, vimos que não era viável pelo valor do prédio e da reforma. Chegamos à conclusão que o custo seria muito alto, por isso desistimos”, explica Lemes.
Imóvel pode virar centro de cultura
Depois de desocupado, o prédio da Câmara, conhecido como Castelinho, poderá ser desapropriado pela Prefeitura e transformado em um centro cultural. O valor histórico e cultural do imóvel é imenso para São Leopoldo. O local abrigou o Antigo Seminário Evangélico, constituído por três prédios, seguindo versões diferentes do ecletismo, construídos nas primeiras décadas do século 20.
O Seminário Evangélico mudouse para o Morro do Espelho e os três prédios passaram por um período de abandono. Desde 1996 a Câmara funciona neste endereço.
Menos custo, mais adequado
Os vereadores aprovam a iniciativa. “Entendo que a direção da Câmara precisa achar uma solução para o problema que é a nossa atual sede, que hoje não tem mais as mínimas condições de segurança”, avalia Gabriel Dias. Hitler Pederssetti concorda: “Vamos sair de um local que não tem acessibilidade, não tem dignidade para trabalharmos, um prédio caindo aos pedaços literalmente, que nem deveria ser uma Câmara.”
Acrescenta que poderão ter até uma copa. “Quem leva marmita tem que comer na mesa onde trabalha. Fora que lavamos as louças nos banheiros.”
A discussão é antiga, mas parece que agora vai realmente se concretizar. Desde 2016 a Câmara de São Leopoldo trata do futuro de sua sede, uma vez que o prédio que abriga o Poder Legislativo hoje é de propriedade do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Servidores Municipais (Iaps), e já não tem mais condições físicas para o pleno funcionamento do órgão.
Entre vários imóveis visitados pela Mesa Diretora e parlamentares desde o início do ano, avançam as negociações para a mudança para a Avenida Theodomiro Porto da Fonseca, no bairro Cristo Rei, próximo ao cemitério.
Segundo o presidente da Câmara, vereador Marcelo Pereira Antonio, o Dentinho, ainda não está totalmente definida da mudança para lá, pois ainda estão finalizando o contrato de aluguel. Hoje o Legislativo paga quase R$ 40 mil mensal ao Iaps e deve desembolsar cerca de R$ 35 mil pelo aluguel do imóvel, uma economia de mais de R$ 4 mil ao mês por um local com capacidade para abrigar o plenário, os gabinetes e setores administrativo.
A área também tem espaço para estacionamento. A intenção é fazer um contrato por dez anos, com atualização anual dos valores. "Ressalto ainda que o prédio estará 100% adaptado pelo PPCI (Plano de Prevenção e Combate a Incêndio) e para acessibilidade, coisas que o prédio atual não possui."
Inviável
Em 2021, a então presidente Ana Affonso chegou a anunciar a mudança do Legislativo para um prédio novo, que seria erguido junto da nova Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Comunitária (Semusp) e estação rodoviária. Entretanto, como mudou a gestão da Casa duas vezes, a proposta não avançou. Dentinho explica que esse projeto "não será viável".
Prédio atual não comporta mais
Diretor da Câmara de São Leopoldo, Leandro Lemes explica que desde o começo da gestão do Dentinho procuram solução para a Câmara. “Aqui não tem mais condições de permanecer. A casa não tem PCCI. A casa minimamente tem uma rampa nos fundos que leva ao plenário, mas não tem acessibilidade para os outros andares. Não tem elevador. A casa está com risco grave, problemas estruturais, como cupim”, relata.
Lemes acrescenta que o prédio atual também é difícil de ser reformado, por ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). “A casa não comporta mais a estrutura da Câmara. Não estamos falando nem de estrutural, mas pelo tamanho. Tem setores em que servidores trabalham há anos dentro de uma sala que não tem uma janela, sem luz natural”, acrescenta.
Desistiram de imóvel no Centro
Um dos imóveis pesquisados fica na esquina das Ruas Saldanha e Brasil, no Centro, perto da Prefeitura. Os parlamentares chegaram a conhecer o espaço de 1.774,06 m² e três pavimentos, mas as negociações com o proprietário não prosseguiram em função do preço, tanto para aluguel, quanto para a compra. “No decorrer da negociação, vimos que não era viável pelo valor do prédio e da reforma. Chegamos à conclusão que o custo seria muito alto, por isso desistimos”, explica Lemes.
Imóvel pode virar centro de cultura
Depois de desocupado, o prédio da Câmara, conhecido como Castelinho, poderá ser desapropriado pela Prefeitura e transformado em um centro cultural. O valor histórico e cultural do imóvel é imenso para São Leopoldo. O local abrigou o Antigo Seminário Evangélico, constituído por três prédios, seguindo versões diferentes do ecletismo, construídos nas primeiras décadas do século 20.
O Seminário Evangélico mudouse para o Morro do Espelho e os três prédios passaram por um período de abandono. Desde 1996 a Câmara funciona neste endereço.
Menos custo, mais adequado
Os vereadores aprovam a iniciativa. “Entendo que a direção da Câmara precisa achar uma solução para o problema que é a nossa atual sede, que hoje não tem mais as mínimas condições de segurança”, avalia Gabriel Dias. Hitler Pederssetti concorda: “Vamos sair de um local que não tem acessibilidade, não tem dignidade para trabalharmos, um prédio caindo aos pedaços literalmente, que nem deveria ser uma Câmara.”
Acrescenta que poderão ter até uma copa. “Quem leva marmita tem que comer na mesa onde trabalha. Fora que lavamos as louças nos banheiros.”