Uma atividade curiosa tem chamado a atenção no litoral norte gaúcho: o detectorismo, ou a busca por “tesouros” com detectores de metais. No último sábado (16), ao menos dois homens foram vistos percorrendo a faixa de areia em Tramandaí, equipados com detectores, fones de ouvido e peneiras.
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Os praticantes dessa atividade buscam objetos que podem ter sido perdidos ou esquecidos por veranistas, como joias, moedas, relógios e até aparelhos eletrônicos. A prática exige um investimento inicial de cerca de R$ 2 mil para adquirir os equipamentos básicos, mas, para muitos, o retorno está na diversão e na curiosidade de descobrir o que está enterrado sob a areia.
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Fernando Holdis, técnico em refrigeração de 45 anos e morador de Porto Alegre, começou a praticar há pouco mais de um mês e já realizou quatro “caçadas”. Durante esse período, encontrou moedas antigas e um pingente de uma santa.
“Ainda não sei se o pingente tem valor, mas só o fato de encontrá-lo já é um estímulo para continuar a brincadeira”, relata. Holdis encara o detectorismo como um hobby relaxante, mas ressalta o aumento da adesão à prática. “Hoje estamos em dois aqui em Tramandaí, mas na sexta-feira tinham cinco pessoas com detectores. A cada semana, parece que mais gente aparece”, observa.
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O movimento atrai olhares curiosos de quem passa pela orla, como o aposentado Ailton Cardoso, de 67 anos. Ele conta que nunca tinha visto tanta gente com equipamentos tão inusitados na praia. “Do nada, a praia fica cheia de caras procurando coisas nessa imensidão de terra e água. Dá vontade de saber o que encontram”, comenta, intrigado.
A prática de detectorismo não é regulamentada no Brasil, mas é importante que os praticantes sigam algumas boas práticas, como evitar áreas protegidas por leis ambientais ou sites arqueológicos, e respeitar os demais frequentadores da praia. Para muitos, a atividade vai além do valor material dos achados, transformando-se em um passatempo divertido e, para alguns, quase terapêutico. “Isso tem me ajudado a aliviar o estresse dos dias de semana de muito trabalho”, afirma Holdis.
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