Nascido em Porto Alegre, mas com alma canoense é como Paulo Otávio, de 48 anos, se descreve. O cabeleireiro e escritor comemora o recente lançamento do segundo livro “A Profecia da ressurreição – O segredo da lança do destino”. A obra do gênero suspense/ficção acompanha uma arqueóloga e um especialista em línguas antigas na tentativa de impedir que o Anticristo representado por Hitler ressurja por meio de um ritual com um artefato chamado Lança do Destino.
O livro foi lançado no fim do ano passado pela editora de Portugal Astrolábio em quatro países de língua portuguesa, Brasil, Portugal, Angola e Cabo Verde. Paulo tem como meta bater 5 mil cópias vendidas para que a versão na língua espanhola e inglesa seja lançada. “Está disponível para venda on-line. No próximo mês devo fazer a primeira sessão de autógrafos que marcará a estreia nas livrarias de Canoas e região. Não poderia fazer em outra cidade que não fosse Canoas, moro há 25 anos aqui, tenho um carinho especial pela terra do xis e do avião”, ressalta o escritor.
Paulo conta que optou pelo lançamento por meio de uma editora internacional por considerar mais fácil. “Lancei o meu primeiro livro [Conspiração em Alcântara] via uma editora brasileira, porém encontrei algumas dificuldades até conseguir. Foram anos tentando. Para o segundo foi o inverso, a editora portuguesa entrou em contato comigo e assinei um contrato de cinco anos”, salienta.
O escritor diz que pretende lançar um livro por ano, todos do gênero suspense/ficção. “Tenho quatro livros escritos. Espero até o fim do ano lançar mais um.”
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Primeiro contato com a literatura
Paulo recorda do primeiro livro de literatura que leu, “O escaravelho do diabo” da coleção Vaga-Lume. “Tinha 12 anos na época. Ganhei da minha professora, lembro que fiquei encantado com o tipo de leitura. Eu lia revistas em quadrinhos, os conhecidos “gibis”, então foi diferente”, salienta.
O escritor conta que na infância e adolescência não tinha internet. “Para fazer um trabalho escolar precisava ir na biblioteca do colégio ou da Prefeitura. Depois que comecei a me interessar por outros tipos de leituras, percebi que minha mãe tinha vários livros em casa. A partir disso, comecei a ler cada vez mais”, revela.
No início da vida adulta, Paulo trabalhou na área de manutenção elétrica. “Quando tinha 24 anos comecei a trabalhar como cabeleireiro. Depois me formei em gestão pública”, detalha.
Inspiração
O escritor diz que considera o processo de escrita bastante simples. “Tudo se encaixa em minha cabeça como um quebra-cabeça formando capítulos e personagens com suas singularidades, hábitos medos e dúvidas.”
Para Paulo os desafios impostos pela vida são uma motivação. “Para mim os elogios ou críticas são consequência de um bom trabalho ou não”, salienta. “Não penso em nada a não ser na trama, e o que vier no futuro e após terminar de ver um personagem nascer e crescer na história, é o que importa.”
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