BRAVE BRUNO: Livro conta a luta de tio para salvar menino queimado

Salvar um menino de 7 anos, com mais da metade do corpo com queimadura de terceiro grau e expectativa de 10% de sobrevivência foi o desafio que Luiz Otavio da Silva Nascimento (LON) decidiu abraçar em 1989.

Em uma época sem celular, onde poucos tinham telefone fixo, não tinha Internet disponível e a inflação era alta, o escritor e mestre em Administração rompeu barreiras e lutou contra o tempo para garantir uma outra chance para o sobrinho.

É essa história que o leitor encontra em Brave Bruno, uma história real de fé e superação, lançamento da Merita Editora, assinado por LON e João Gabriel Carneiro. O livro pode ser comprado na Amazon. LON assina outras seis obras voltadas à gestão de negócios, sendo essa a primeira com caráter mais biográfico.

A criança sofreu o acidente depois que uma garrafa de álcool, deixada próxima a uma churrasqueira, explodiu em um churrasco em 8 de setembro 1989 em Santos, Estado de São Paulo. LON, que há 24 anos vive em Porto Alegre, estava no Rio de Janeiro e se deslocou rapidamente para o Hospital Sírio-Libanês.

Em conversa com a equipe médica, que traçou um futuro nada animador sobre as chances de sobrevivência de Bruno, foi apresentada a possibilidade do menino ser transferido para Boston, nos Estados Unidos. Lá, um pesquisador trabalhava na recuperação de queimados, possibilidade que LON abraçou com todas suas forças. “Não tinha passaporte, não tinha visto, não tinha nada”, conta.

Para piorar o quadro de dificuldade de transportar uma criança com risco de vida urgentemente para os Estados Unidos, não havia aviões adequados. Na época, tinha acontecido um acidente, e a Vale do Rio Doce havia alugado todos os aviões com ambulância do País. A solução foi negociar com a Varig e comprar 14 lugares em um mesmo voo, nove deles utilizados para colocação da maca.