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BR-448: Os 10 anos de uma obra que mudou a região

Chamada Rodovia do Parque aliviou o trânsito em boa parte da BR-116

Taís Forgearini
Publicado em: 15/12/2023 às 12h:15 Última atualização: 15/12/2023 às 12h:16
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A inauguração da BR-448, conhecida como a Rodovia do Parque, e neste ano intitulada Rodovia Doutor Fábio André Koff (homenagem ao dirigente esportivo falecido em 2018), foi um marco. Com 22,3 quilômetros de extensão, a 448, que passa por quatro municípios da região metropolitanaSapucaia do Sul, Esteio, Canoas e a capital, Porto Alegre -, interligando diversas outras cidades de diferentes regiões, desafogou parte do trânsito da BR-116.

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Rodovia absorveu 45% do tráfego da BR-116 na região | Jornal NH



Rodovia absorveu 45% do tráfego da BR-116 na região

Foto: PAULO PIRES/GES

Sua entrega foi em 20 de dezembro de 2013, quando a então presidente Dilma Rousseff (ao lado do governador Tarso Genro), inaugurou a rodovia no trecho próximo à ponte estaiada, no limite entre Canoas e Porto Alegre. Durante o ato, Dilma ressaltou que era “um presente de Natal aos gaúchos.”

A construção da rodovia teve investimento de R$ 1,3 bilhão do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e levou quatro anos para ser concluída.

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A rodovia foi construída em uma época em que se discutiam pedágios na BR-116 metropolitana e a construção da própria 448 pedagiada. Mas o governo federal entendeu que isso iria causar transtornos na região e assumiu a construção da importante obra rodoviária.

Com a missão de absorver 40% do fluxo da BR-116 (considerada a segunda rodovia mais movimentada do Brasil), a BR-448 trouxe mais agilidade ao tráfego.

Grande mudança

O caminhoneiro Renato Duarte, 48 anos, que trafega há 20 anos pela região metropolitana fazendo transporte de cargas, diz que a 448 mudou o trânsito e até a vida dele. “Antes eu levava um tempão para passar por Canoas na BR-116. Tinha dias que ficava parado e se levava até uma hora por causa dos engarrafamentos, muitos deles com acidentes. Com a 448, que é um pouco mais “longa” (a diferença é 6km no trecho), se trafega mais rápido e tranquilamente.”

Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), após a implantação, houve redução significativa de engarrafamentos e acidentes. No primeiro ano de operação, a Rodovia do Parque absorveu 45% da circulação de veículos da BR-116 e reduziu em 25% as colisões.

Diariamente cerca de 40 mil veículos circulam pela BR-448, segundo levantamento da CCR Via Sul, concessionária que desde 2019 administra a rodovia, juntamente com as BRs 101, 290 e 386. Nestes quatro anos de concessão, a empresa diz ter investido mais de R$ 1,4 bilhão nos trechos.

Segundo a CCR Via Sul, apenas em 2023 foram destinados R$ 750 milhões. Nas avaliações mais recentes a empresa diz ter detectado problemas no pavimento, e por isso promete iniciar intervenções a partir do próximo ano, mesmo ainda sem uma data definida.

Novo trecho será concedido?

Quando se fala no projeto de ampliação da via (obra estimada em quase R$ 1,7 bilhão), a concessionária tangência a respeito da possibilidade de ser ela a responsável pela administração do novo trecho. “Não há sequer a definição de que o novo trecho será oferecido à iniciativa privada”, afirma a CCR Via Sul através de nota, complementando que não há uma obrigação de que a mesma assuma um novo trecho. “O fato de ser a mesma rodovia não implica, obrigatoriamente, de que a empresa deva assumir o novo trecho.”

Colaborou: Eduardo Amaral e Guilherme Schmidt

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