A obra de abertura da terceira faixa da BR-116, entre São Leopoldo e Novo Hamburgo, vai ser paralisada após um impasse relacionado ao escoamento da água da chuva, identificado durante as intervenções realizadas no trecho de Novo Hamburgo.
Nas últimas duas semanas, a obra andava de forma galopante, com avanços significativos diariamente. Na
quinta-feira (25), contudo, a desmobilização da frente de trabalho que atuava nas obras foi percebida pela ausência dos operários e máquinas, mas, principalmente, pela fluidez do trânsito nos dois sentidos da rodovia.
Até quarta, os motoristas estavam tendo que ter paciência ao fazerem o trajeto devido às constantes interrupções no tráfego, para que máquinas pudessem descarregar materiais no canteiro de obras.
Explicações do consórcio
Por meio da assessoria, o consórcio BR-116 Norte, formado pelas empresas MAC Engenharia, Sogel Construtora, ETERC Engenharia e Iguatemi Engenharia, afirmou que a construção da terceira faixa só
poderá seguir após a realização de obras de drenagem entre a subestação de energia da Scharlau e a passarela Jornal NH. A previsão é de que os trabalhos em Novo Hamburgo sejam retomados somente após a finalização das intervenções em São Leopoldo.
Em relação a drenagem, o receio é de que, a partir das obras que estão sendo executadas, se formem
bolsões de água em dias de chuva torrencial, como os que eram registrados em Sapucaia do Sul, e que passou por obras recentemente para corrigir o problema.
Retorno previsto para março
Sobre o planejamento, o consórcio explicou que, “enquanto estiver sendo executada a drenagem – entre os km 238 e 239 da BR-116, em Novo Hamburgo, a equipe foi transferida para o trecho prioritário, em São
Leopoldo” e que a retomada da obra em Novo Hamburgo está prevista para após a entrega do trecho prioritário, “após março de 2024”.
Máquinas já foram retiradas
Antes mesmo da empresa se pronunciar, o recolhimento das máquinas [escavadeiras hidráulicas e rolos
compactadores, entre outros] que estavam no canteiro de obras desde o início deste ano já eram um
indicativo de que a obra seguiria parada. Ainda pela manhã, a reportagem entrou em contato com o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas o órgão não retornou o
contato para detalhar as mudanças no planejamento de execução da obra no trecho.
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