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MUDOU A FOTOGRAFIA

BR-116: Veja a evolução das obras do Complexo Scharlau em cerca de 1 ano

Pessoas que convivem com a obra há 365 dias falam das expectativas após a conclusão dos trabalhos; relembre como foram os últimos meses

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Publicado em: 05/04/2024 às 07h:00 Última atualização: 05/04/2024 às 10h:26
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No próximo dia 10 de abril, completa um ano do início das obras no Complexo Scharlau, em São Leopoldo. Nestes 365 dias em execução, a obra que surgiu com o propósito de desatar o nó no trânsito da BR-116, na região do Vale do Sinos, causa impactos não apenas no trânsito, com congestionamentos quilométricos, desvios e bloqueios de pistas, como também para quem convive com ela nestes dias todos.

Imagens aéreas, feitas nesta quinta-feira (4), mostram o novo visual do Complexo Scharlau com as obras que devem acabar com os congestionamentos na BR-116 e na RS-240 | abc+



Imagens aéreas, feitas nesta quinta-feira (4), mostram o novo visual do Complexo Scharlau com as obras que devem acabar com os congestionamentos na BR-116 e na RS-240

Foto: Vandré Brancão/GES-Especial

O que ninguém contesta é a intervenção realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por intermédio do Consórcio BR-116 Norte, grupo de empreiteiras contratado para executar o projeto, mudou a cara de um dos principais trevos de ligação da região metropolitana de Porto Alegre com o Vale do Caí e a Serra gaúcha.

Sob o olhar dos moradores da Scharlau, a fotografia é outra na interseção da BR-116 com a RS-240. “É uma grande obra, sem dúvida. Lembro de quando vim morar na Scharlau: eram sinaleiras, faixa única na 240, muitos acidentes e congestionamentos. Nos tempos de festas grandes na Serra, ou em dias de jogos da dupla Gre-Nal no interior, virava um caos cruzar a RS”, recorda o morador Lucio Souza, 56 anos.

O servidor público da Prefeitura de Portão reconhece a importância da intervenção e relativiza os transtornos causados pela obra neste último ano. “A obra no seu todo traz desafios, tranqueiras, cansaço e mau humor a motoristas e pedestres, mas vejo como única solução para dar fluxo às duas rodovias [240 e 116]”, opina.

“Os negócios foram impactados, mas é preciso ter um olhar coletivo”

O microempreendedor Delmar Bottega, 65, é outro que viu a transformação acontecer. Dono de uma empresa que está estabelecida há mais de 30 anos no trecho, Bottega tem críticas à obra, que trouxe prejuízos aos comerciantes. “Pode perguntar um por um, quem tem negócio por aqui teve impactos negativos no faturamento. Além disso, muitos de nós perdeu espaço. Fomos indenizados, mas daquele jeito”, pontua.

Delmar Bottega e demais empreendedores tiveram os negócios impactados com as obras, mas o bem coletivo prevalece nessas horas | abc+



Delmar Bottega e demais empreendedores tiveram os negócios impactados com as obras, mas o bem coletivo prevalece nessas horas

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Contudo, o microempreendedor também vê a iniciativa com o olhar de quem mora na Scharlau uma vida toda. “Os negócios foram impactados, mas é preciso ter um olhar coletivo. O fluxo dos veículos irá melhorar muito, pode ter certeza. Quando vim morar aqui, não existia nem este antigo viaduto da 116, imagina a confusão que era. Hoje, estamos com três viadutos no complexo. É a maior transformação desse trevo nessas décadas todas”, afirma.

A espera do paisagismo

O chaveiro Roberto Silveira dos Santos, 34, trabalha na Scharlau desde os 11 anos e também acompanhou as mudanças no complexo. No último ano, o ritmo de trabalho lhe trouxe a sensação de que se tratava de uma obra sem fim. Contudo, a evolução da obra do final de 2023 para cá trouxe um novo sentimento para Santos e tantos outros empreendedores.

Roberto Silveira dos Santos espera que obra seja concluída com paisagismo  | abc+



Roberto Silveira dos Santos espera que obra seja concluída com paisagismo

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

A expectativa, agora, sobre o que irá acontecer após a obra ser entregue. “A paisagem mudou 100%, e me parece que está tudo ficando muito bom. A obra irá valorizar tudo na volta, mas espero que depois de pronta, o Dnit ou a prefeitura invistam em paisagismo, para deixar ainda mais bonito esse local”, expõe.

O servidor público Lucio Souza tem ponderações para a montanha de concreto, mas também acredita que a ornamentação do complexo poderá melhorar visualmente o principal acesso ao bairro. “Não é bonito um monte de viadutos, distorce a visão da entrada da Scharlau, mas é a solução de muitos problemas de tráfego na região. Todos esperamos que as obras acabem e tragam resultados satisfatórios para todos, se isso vier com paisagismo, melhor ainda”, completa.

Imagens de satélites mostram evolução da obra

As transformações da entrada da Scharlau com as obras de mobilidade foram documentadas por satélites. “Lembro vagamente de como era tudo aqui, mas lembro bem que eram umas seis sinaleiras ditando o ritmo do trânsito”, recorda o Delmar Bottega. “Isso aqui era totalmente diferente, é até difícil explicar. Basicamente, eram duas pistas de cada lado e tudo se resolvia embaixo das sinaleiras”, acrescenta Roberto dos Santos.

Imagens obtidas através do aplicativo Google Earth mostram a evolução das obras do complexo Scharlau. Os registros servem de recordação para quem não lembra como era o quilômetro zero da RS-240 antes da construção dos dois novos viadutos no trevo com a BR-116.

Na primeira imagem, capturada em dezembro de 2022, mostra como era o local antes do início das obras. No segundo registro, feito em 28 de abril de 2023, ou seja, cerca de duas semanas após o início das obras, já é possível observar movimentações no terreno, com tapumes instalados no eixo central da RS-240, por onde o Consórcio BR-116 Norte iniciou a intervenção com a construção dos pilares do primeiro viaduto.

A terceira e última captura tem menos de dois meses, e foi feita em fevereiro de 2024. Nessa imagem já é possível observar os dois novos viadutos construídos, a nova pista para quem vem de São Leopoldo e deseja seguir pela 240, o novo traçado do retorno a Novo Hamburgo, bem como o novo acesso à RS-240 para quem vem de Novo Hamburgo pela rua lateral. O avanço da obra sobre o espaço de antigos estabelecimentos também pode ser observado.

O que falta para a obra ser concluída

De acordo com o Dnit, as obras no Complexo Scharlau estão praticamente 95% concluídas. Nesta semana, as pistas já começaram a ser preparadas para receber a primeira camada de asfalto. Além disso, equipes trabalham nos acabamentos em todo o canteiro de obras, incluindo as melhorias previstas nas ruas laterais do complexo.



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