DURANTE A CATÁSTROFE

BR-116: Entenda como foi feita a obra para recompor trecho que desmoronou e causou interdição entre Estância Velha e Ivoti

Saiba como o material usado para a implementação do corredor emergencial em São Leopoldo foi reutilizado no trecho

Publicado em: 02/07/2024 11:17
Última atualização: 02/07/2024 12:39

Deve ser concluída nos próximos dias a obra de recomposição de trecho da BR-116 que desmoronou e provocou a interdição da rodovia logo nos primeiros dias da catástrofe climática, no início do mês de maio. Nesta terça-feira (2), a Neovia Engenharia, responsável pela obra, iniciou o asfaltamento do trecho afetado.

O deslizamento de terra foi provocado pelo colapso de um sistema de drenagem, que encharcou o solo e gerou uma cratera que atingiu parte do acostamento na altura do quilômetro 232, no limite de Estância Velha e Ivoti.


Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São Leopoldo Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Essa foi a segunda vez que o trecho desmoronou. Em 1993, um deslizamento de terra no mesmo local provocou a morte de 10 pessoas, incluindo três crianças com idades entre 1 e 9 anos. Os mortos residiam em duas casas que ficavam na parte inferior da encosta e acabaram sendo esmagadas pela carga de aterro e pedras que desceu da rodovia.

Como a obra foi executada

Com o novo episódio, desta vez sem vítimas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) decidiu agir diferente. De acordo com o engenheiro civil Carlos Alberto Garcia Vieira, chefe da unidade local do Dnit em São Leopoldo, a recomposição do corpo do aterro foi feita em camadas e com pedras [rachão]. Com isso, a expectativa é evitar que novos deslizamentos voltem a acontecer no local.

 

Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São LeopoldoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São LeopoldoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São LeopoldoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São LeopoldoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São LeopoldoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São LeopoldoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Recomposição do corpo de aterro que desmoronou na BR-116, no quilômetro 232, é feita com material usado para a implementação do corredor emergencial em São LeopoldoIsaías Rheinheimer/GES-Especial

 

Além disso, o sistema de drenagem foi remodelado e, agora, a água que escoa pela rede pluvial irá descer em níveis diferentes [formato escadinha] até chegar ao pé da encosta e seguir seu rumo por uma área de mata existente no local. "Executamos a reconstrução do bueiro que rompeu, implantando um dissipador de energia da água no final", explica.

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Conforme Vieira, a recomposição da encosta foi feita com o material usado pelo Dnit para fazer a alteamento da pista [corredor emergencial] da BR-116, em São Leopoldo, no mês de maio, após a rodovia ficar inundada devido à cheia do Rio dos Sinos.

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