As obras da terceira pista na BR-116 entre Porto Alegre e Novo Hamburgo ainda estão longe de terminar, mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já está mobilizado para dar continuidade às melhorias de mobilidade na rodovia federal que cruza o Vale do Sinos.
A estrada será duplicada entre Estância Velha e Dois Irmãos, um trecho de 18 quilômetros que atualmente tem pista simples e sem separação física nos dois sentidos.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (17), durante visita do superintendente regional Hiratan Pinheiro da Silva. Ele esteve no canteiro de obras do acesso simplificado aos bairros Rincão Gaúcho e Roselândia, entre Estância Velha e Novo Hamburgo, conhecido como “Trecho da morte”, devido à série de acidentes no local. E confirmou que os trabalhos seguirão na direção norte.
“Serão mais 18 quilômetros de rodovia duplicada. Estudos feitos (pelo próprio Dnit) consideraram esse trecho como crítico e, por isso, a obra deve ser priorizada”, explicou o superintendente.
A primeira barreira que precisa ser vencida para que a obra rumo à Serra saia do papel é a elaboração do projeto de duplicação. “Se tudo correr como o planejado, ainda este ano queremos lançar a licitação para contratar a empresa que irá projetar essa melhoria.”
O Dnit já tem um pré-projeto pronto para a continuidade da duplicação da 116. É este plano funcional que servirá de base para licitar a obra: além de ampliar o número de faixas em ambos os sentidos da rodovia, o Dnit prevê a construção de, pelo menos, quatro novos viadutos nestes 18 quilômetros.
“Devemos ter um viaduto na entrada de Ivoti e outros vários em todas as entradas de Dois Irmãos, com seus respectivos retornos”, ressalta Hiratan. A estimativa de custo total dos trabalhos é de R$ 200 milhões.
Solução antes do previsto para o Trecho da Morte
A visita do superintendente regional do Dnit ao Vale do Sinos foi organizada pelo vereador hamburguense Enio Brizola (PT), por intermédio do deputado estadual Adão Pretto Filho (PT), para fiscalizar a execução do novo acesso ao Rincão Gaúcho e à Roselândia.
Iniciada no final de janeiro, a primeira obra emergencial na área conhecida como Trecho da Morte pode ser concluída antes do final de junho, como previsto. O engenheiro civil Carlos Alberto Garcia Vieira, chefe da unidade local do Dnit em São Leopoldo, ficou satisfeito com o andamento dos trabalhos.
“Se continuar nesse ritmo, se o tempo colaborar, em duas semanas devemos ter tudo pavimentado”, ressalta Vieira. Depois disso, ainda serão necessárias as ações no eixo central da rodovia, com a instalação de um canteiro central, onde serão projetados os recuos previstos de acesso ao Rincão Gaúcho e de retorno à Serra.
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