SEGUE O IMPASSE
BR-116: Como está o caso dos trabalhadores das obras da BR-116 que paralisaram o serviço por falta de salário
Consórcio BR-116 Norte, responsável pelas obras, se comprometeu a pagar os trabalhadores, mas quer segurança jurídica
Última atualização: 13/12/2023 10:35
A expectativa de que as obras na BR-116 nos trechos de Esteio, São Leopoldo e Novo Hamburgo retornassem nesta quarta-feira (13) não se confirmou. Os 119 trabalhadores, que paralisaram as atividades na última sexta (8) por atrasos salariais, seguem sem receber e, por isso, irão manter a paralisação.
O consórcio BR-116 Norte, responsável pelas obras do Lote 1 das melhorias operacionais e de segurança viária da rodovia, se comprometeu a pagar os trabalhadores, mas, por segurança jurídica, só fará isso com a chancela do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-4).
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, a audiência no TRF-4 irá acontecer somente nesta quinta-feira (14), às 10 horas. “Será uma audiência virtual, pois o TRT-4 está com a agenda lotada”, explica. Somente após esse encontro é que os trabalhadores irão definir quando e se voltam ao trabalho.
Trabalhadores também irão cobrar passagens para voltar para casa
Cerca de 70% dos operários que atuam nas obras da BR-116 são oriundos da região nordeste do País, principalmente vindos do Maranhão, de Pernambuco, da Bahia e do Sergipe. Todos têm vínculo trabalhista com a Avenci Engenharia, empreiteira subcontratada pelo consórcio BR-116 Norte.
Na audiência com o TRT-4 desta quinta, o sindicato que defende os interesses dos trabalhadores também deve cobrar do consórcio BR-116 Norte o pagamento de passagens aéreas para estes profissionais possam retornar aos seus estados, para passarem as festas de final de ano com a família.
Segundo Gonçalves, o recesso dos operários inicia dia 18 de dezembro e o retorno está previsto para a segunda semana de janeiro. Entretanto, o retorno dependerá do interesse dos trabalhadores, já que o consórcio BR-116 Norte pretende romper o contrato com a empresa subcontratada e recontratá-los como funcionários do consórcio.
“O retorno depende de cada trabalhador. Eles têm o poder de decidir se querem voltar ou não”, explica o diretor sindical.