SEGURANÇA
BOTÃO DO PÂNICO E RONDA LILÁS: Região reforça ações de proteção às mulheres
São Leopoldo e Esteio colocaram em prática na semana passada novas iniciativas contra a violência doméstica
Última atualização: 29/04/2024 07:30
O combate à violência doméstica e a proteção de mulheres vítimas no Vale do Sinos ganharam reforços importantes na semana passada, quando duas novas iniciativas entraram em vigor na região. Em São Leopoldo, foi dado início às ações da Ronda Lilás da Guarda Civil Municipal (GCM), que havia sido anunciada em março. Já em Esteio, ocorreu o lançamento do Programa Mulher Segura, com a apresentação de um botão do pânico, um equipamento semelhante a um controle remoto e que deverá ser distribuído a mulheres com medida protetiva ativa na cidade.
Instituída pela Lei Municipal 10.044 e lançada em 14 de março, a Ronda Lilás visa a visitar, fiscalizar, proteger, prevenir, monitorar e acompanhar vítimas encaminhadas pela Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres na cidade.
Na semana passada, nos primeiros dias de atuação da ronda, foram realizados seis encaminhamentos de medidas protetivas por meio do Judiciário, além de quatro apoios, três deles solicitados pelo Centro Jacobina e um pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para para retirada dos pertences em segurança.
A expectativa do projeto é de que a iniciativa contribua significativamente para a promoção da igualdade de gênero e para a redução dos índices de violência contra a mulher no município.
Agentes treinados para o serviço leopoldense
Para garantir um atendimento qualificado da Ronda Lilás, 20 agentes passaram por um curso redigido pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento da Guarda (Efag), com apoio da Unisinos. A formação, com carga horária de 40 horas, tratou de temas como a Lei Maria da Penha, bem como os protocolos necessários relativos às medidas protetivas de urgência, cumprimento e descumprimento das medidas protetivas e os protocolos previstos com as demais forças de segurança, Ministério Público e Poder Judiciário.
“Temos uma equipe formada por agentes responsáveis e compromissados com o serviço, qualificados para entender o que aquela mulher está passando, fazer a melhor fiscalização, e buscar um elo de confiança com a mulher atendida”, comenta o coordenador do serviço, Pedro Gimenez. Segundo ele, a Ronda Lilás é formada por uma dupla de agentes, sempre um homem e uma mulher, e atua 12 horas por dia alternando das 6h30 às 18h30 e 8 horas às 20 horas, todos os dias da semana.
Botão do pânico é novidade em Esteio
Em Esteio, uma das novidades lançadas foi o chamado “Botão do Pânico”, um aparelho que quando acionado pela mulher, em caso da aproximação do agressor, faz contato diretamente com a base da força de segurança cadastrada, que deve encaminhar um agente para atendimento. A ideia, segundo a prefeitura, é adquirir, num primeiro momento, 60 aparelhos que serão dados para mulheres com medida protetiva ativa que corram maiores riscos.
O aparelho, desenvolvido pela empresa INTP, também faz a transmissão do áudio para que os atendentes possam ouvir o que está acontecendo no local e gera relatórios que podem ser anexados a processos a serem enviados para a Justiça, por exemplo.
De acordo com a primeira-dama de Esteio, Andrea Schneider Pascoal, a cidade tem cerca de 500 mulheres com medida protetiva ativa. “Nenhuma mulher e nenhuma família merece viver desse jeito. Porque a violência contra a mulher não é só contra a mulher, ela destrói os filhos, destrói uma família, destrói o presente e o futuro dessas pessoas também.” Para o prefeito Leonardo Pascoal, o dispositivo servirá para ajudar a combater um crime que as câmeras de videomonitoramento e agentes de segurança não dão conta sozinhos.
“Esse é um tipo de crime que acontece da porta para dentro de casa, e precisa prevenção. E investir em prevenção é o que a gente está fazendo. E não é só atender a ocorrência. Tem que ter toda uma rede de proteção, que está trabalhando de maneira articulada, por meio da Rede Lilás, de forma mais integrada”, destaca. “Essa mulher vai ter todo o acompanhamento da nossa rede de proteção, para que também possa sair em definitivo dessa situação de violência. É um processo longo. Romper esse ciclo não é tarefa fácil”, completa Pascoal.
O combate à violência doméstica e a proteção de mulheres vítimas no Vale do Sinos ganharam reforços importantes na semana passada, quando duas novas iniciativas entraram em vigor na região. Em São Leopoldo, foi dado início às ações da Ronda Lilás da Guarda Civil Municipal (GCM), que havia sido anunciada em março. Já em Esteio, ocorreu o lançamento do Programa Mulher Segura, com a apresentação de um botão do pânico, um equipamento semelhante a um controle remoto e que deverá ser distribuído a mulheres com medida protetiva ativa na cidade.
Instituída pela Lei Municipal 10.044 e lançada em 14 de março, a Ronda Lilás visa a visitar, fiscalizar, proteger, prevenir, monitorar e acompanhar vítimas encaminhadas pela Rede de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres na cidade.
Na semana passada, nos primeiros dias de atuação da ronda, foram realizados seis encaminhamentos de medidas protetivas por meio do Judiciário, além de quatro apoios, três deles solicitados pelo Centro Jacobina e um pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para para retirada dos pertences em segurança.
A expectativa do projeto é de que a iniciativa contribua significativamente para a promoção da igualdade de gênero e para a redução dos índices de violência contra a mulher no município.
Agentes treinados para o serviço leopoldense
Para garantir um atendimento qualificado da Ronda Lilás, 20 agentes passaram por um curso redigido pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento da Guarda (Efag), com apoio da Unisinos. A formação, com carga horária de 40 horas, tratou de temas como a Lei Maria da Penha, bem como os protocolos necessários relativos às medidas protetivas de urgência, cumprimento e descumprimento das medidas protetivas e os protocolos previstos com as demais forças de segurança, Ministério Público e Poder Judiciário.
“Temos uma equipe formada por agentes responsáveis e compromissados com o serviço, qualificados para entender o que aquela mulher está passando, fazer a melhor fiscalização, e buscar um elo de confiança com a mulher atendida”, comenta o coordenador do serviço, Pedro Gimenez. Segundo ele, a Ronda Lilás é formada por uma dupla de agentes, sempre um homem e uma mulher, e atua 12 horas por dia alternando das 6h30 às 18h30 e 8 horas às 20 horas, todos os dias da semana.
Botão do pânico é novidade em Esteio
Em Esteio, uma das novidades lançadas foi o chamado “Botão do Pânico”, um aparelho que quando acionado pela mulher, em caso da aproximação do agressor, faz contato diretamente com a base da força de segurança cadastrada, que deve encaminhar um agente para atendimento. A ideia, segundo a prefeitura, é adquirir, num primeiro momento, 60 aparelhos que serão dados para mulheres com medida protetiva ativa que corram maiores riscos.
O aparelho, desenvolvido pela empresa INTP, também faz a transmissão do áudio para que os atendentes possam ouvir o que está acontecendo no local e gera relatórios que podem ser anexados a processos a serem enviados para a Justiça, por exemplo.
De acordo com a primeira-dama de Esteio, Andrea Schneider Pascoal, a cidade tem cerca de 500 mulheres com medida protetiva ativa. “Nenhuma mulher e nenhuma família merece viver desse jeito. Porque a violência contra a mulher não é só contra a mulher, ela destrói os filhos, destrói uma família, destrói o presente e o futuro dessas pessoas também.” Para o prefeito Leonardo Pascoal, o dispositivo servirá para ajudar a combater um crime que as câmeras de videomonitoramento e agentes de segurança não dão conta sozinhos.
“Esse é um tipo de crime que acontece da porta para dentro de casa, e precisa prevenção. E investir em prevenção é o que a gente está fazendo. E não é só atender a ocorrência. Tem que ter toda uma rede de proteção, que está trabalhando de maneira articulada, por meio da Rede Lilás, de forma mais integrada”, destaca. “Essa mulher vai ter todo o acompanhamento da nossa rede de proteção, para que também possa sair em definitivo dessa situação de violência. É um processo longo. Romper esse ciclo não é tarefa fácil”, completa Pascoal.