O bloqueio feito no último sábado (18) no cruzamento da via lateral da BR-116 com o início da RS-240 já vem causando dúvidas, preocupações e até problemas, especialmente para quem precisa acessar o bairro Scharlau.
A interrupção fica na altura do quilômetro 242,7 da rodovia federal, em São Leopoldo, e foi realizada na Avenida Senador Salgado Filho, no sentido Novo Hamburgo-São Leopoldo, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A medida se deve a obras de adequação do sistema viário no trecho. Os serviços, porém, ainda não começaram.
Com a mudança, o trânsito para quem trafega de Novo Hamburgo em direção a Portão e precisa acessar a RS-240 sofre poucas alterações, pois a faixa da direita continua no sistema “siga livre”.
Mas, para quem precisa acessar o bairro Scharlau, o trânsito acaba sendo complicado, principalmente nos horários de maior movimento, como no fim da tarde.
É que, agora, o motorista que segue de Novo Hamburgo rumo ao bairro tem que entrar na rodovia estadual e fazer o retorno mais adiante, com a primeira opção sendo na altura da Avenida Thomas Edson. Com isso, uma fila de motoristas se forma e há tranqueira no retorno de acesso à avenida, em certos momentos.
Ontem, por exemplo, a fila de carros que se formou no local era extensa e a demora para acessar a avenida era grande, próximo das 17h.
Impactos para a comunidade
O empresário Esaquiel Santos Bitello, 41 anos, reclama do bloqueio e diz que ele veio para prejudicar. “Veio para piorar. Sou morador da Scharlau há 40 anos e essa foi a pior coisa que fizeram. Antigamente, não tinha essa fila para entrar aqui, essa tranqueira. Prejudicou tudo, até o (bairro) Rio dos Sinos, ali pelas 17h, dá engarrafamento”.
O tráfego no ponto também acaba influenciando diariamente a vida dos pedestres. Moradora do bairro Santos Dumont, a auxiliar de serviços gerais, Bianca Souza, 42, precisa atravessar todos os dias no local, para chegar ao trabalho, que fica na RS-240. “Não estou muito por dentro das obras, mas quando fazem esses bloqueios, atrapalha a passagem da gente. Demora para conseguir passar, principalmente no horário do meio-dia, que é mais movimentado, daí perdemos um pouco de tempo”, comentou.
Trecho complicado na região
Já para os professores Cleiner Silva, 61, e Cleci Silveira, 54, o bloqueio não chega a atrapalhar, pois eles não costumam passar diariamente pelo local. Moradores de Porto Alegre, eles acessam o ponto de vez em quando, mas comentam que acompanham constantemente o que é falado na mídia sobre o trecho leopoldense da BR-116 até o viaduto, onde ocorre a interrupção. “O que escuto no noticiário é que é sempre um problema”, diz, Silva. “Todo esse trajeto, se pararmos pra observar, está sempre trancado. E, sem horário, porque vemos que o fluxo Porto Alegre-Novo Hamburgo está sempre parado”, analisou.
Perguntados se eles acreditam que as obras programadas para a rodovia devem ajudar o trânsito da região, eles falam em coro: “esperamos que sim”, opinando que a questão envolvendo as melhorias, é que elas demoram a acontecer e o resultado acaba se tornando defasado. “Vamos ver a amplitude dessas obras. O grande problema delas é que quando chegam a terminar, o fluxo de automóveis já é muito maior”, pondera Silva.
Obra busca maior fluidez no trânsito da rodovia federal
O local onde ocorre o bloqueio está sinalizado, alertando aos motoristas sobre a intervenção. Conforme o Dnit, a ação é necessária para que seja possível dar início à construção dos viadutos, porém, nesse primeiro momento, nenhuma obra será realizada no trecho, sendo implantado apenas o bloqueio.
A alteração no fluxo permanecerá até a conclusão da execução das obras do complexo da Scharlau, mas a autarquia não retornou sobre quando devem começar os serviços no local. Quando o novo sistema entrar em operação o cruzamento neste ponto da rodovia, que hoje opera por semáforo, passará a ser livre, oferecendo mais fluidez e segurança ao tráfego da rodovia.
As obras integram o Lote 1 de melhoramentos físicos e de segurança de tráfego da BR-116, entre Novo Hamburgo e Porto Alegre.
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