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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Biodigestor é instalado em escola de Ivoti para incentivar sustentabilidade; saiba como funciona o equipamento

Equipamento terá função tanto de economia de energia quanto pedagógica

Eduardo Amaral
Publicado em: 14/10/2024 às 21h:22 Última atualização: 14/10/2024 às 21h:22
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Localizada na zona rural de Ivoti, a escola Olavo Bilac começou a semana com uma atividade diferente graças à “inauguração” de um biodigestor nesta segunda-feira (14). O equipamento dá um destino diferenciado a resíduos orgânicos, que passam a ser transformados em adubo e energia utilizada para um fogão especial, reduzindo assim o gasto com gás de cozinha.

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Angelita Semeadora explica aos estudantes da escola Olavo Bilac o funcionamento do biodigestor | abc+



Angelita Semeadora explica aos estudantes da escola Olavo Bilac o funcionamento do biodigestor

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Iniciativa da Associação Weltfreude (Amigos do Mundo) da cidade, a instalação do biodigestor faz parte de um projeto que visa incentivar a sustentabilidade dentro da comunidade. “O lema da associação é desenvolvimento humano e educação das crianças e adolescentes. Então tudo que é feito de alguma maneira vai ser para as crianças”, destaca a presidente da entidade em Ivoti, Betina Auler.

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O projeto iniciou há mais de um ano, pois o intuito do grupo era ter uma iniciativa com início, meio e fim. Para viabilizar a compra e instalação do biodigestor, as integrantes do Amigos do Mundo trabalharam ao longo do ano arrecadando recursos. A ideia inicial era de realizar atividades tradicionais como pedágios e chás.

Mas ao invés disso, a medida escolhida foi a confecção de ecobags que foram vendidas para financiar os custos de compra e instalação do equipamento, que giram em torno de R$ 18 mil. Ao todo foram produzidas e vendidas 420 sacolas ecológicas a partir de tecidos doados de estofarias da cidade, mantendo assim a lógica de proteção ambiental até mesmo no financiamento da ação.

Economia e ensino

Diretora da escola Olavo Bilac, Mônica Pielger, conta como será a participação dos 44 estudantes da escola no projeto de uso do biodigestor. “As crianças que abastecem ele, semanalmente a gente tem assembleia de alunos, e ali é feito sorteio de quem vem abastecer, quem vai “alimentar” o biodigestor.”

Para tornar ainda mais lúdica a tarefa, antes de iniciar o funcionamento as crianças escolheram um nome para o equipamento, que foi batizado de cascudo, referência ao besouro comum em plantações diversas. Mônica comemora a escolha da escola para receber o projeto devido à característica da comunidade.

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“Conseguimos associar a questão da agricultura aqui voltada para a educação do campo, e ter um biodigestor que aproveita os resíduos, produz gás, traz um biofertilizante e os pais e os alunos podem usar, é muito significativo porque é um ciclo que vai se fazendo”, aponta a diretora que ainda relata que durante as férias os pais dos estudantes serão convidados a também alimentar o biodigestor, enquanto durante o ano letivo receberão parte do adubo proveniente do equipamento.

Como funciona

Quem foi responsável pela instalação do biodigestor na escola foi a administradora de empresas e educadora ambiental, Angelita Luizetto Walter, que adotou o pseudônimo Angelita Semeadora. Proprietária de uma empresa ambiental sediada em Dois Irmãos e responsável por apresentar a tecnologia vinda de Israel na região. “Através da ação das bactérias metanogênicas, a gente tem a condição de transformar todo o nosso resíduo orgânico em restos de frutas, verduras, legumes, esterco animal, inclusive fezes humana, transformando isso em energia.”

A capacidade de processamento do equipamento instalado na escola é de 1,5 kg que gera gás suficiente para alimentar ininterruptamente uma boca de fogão por duas horas. Além disso, o processo químico e físico que acontece dentro do biodigestor forma um fertilizante que pode ser utilizado em plantações diversas.

Todo esse processo também se transforma em matéria para ser trabalhada dentro da sala de aula. “É conteúdo para as professoras trabalharem com os alunos lá na disciplina de ciências, matemática, física e química”, ressalta Angelita. Os envolvidos na proposta acreditam no potencial do projeto para melhorar a consciência ambiental entre crianças e adultos.

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